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Covid-19

Covid-19. Marcelo insiste na importância da vacinação para os adolescentes

05 ago, 2021 - 18:18 • Lusa

Presidente da República considera, contudo, que as dúvidas existentes quanto à vacinação das crianças entre os 12 e os 15 anos são mais “de momento” do que “de princípio”.

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Marcelo Rebelo de Sousa insiste na importância da vacinação para os adolescentes entre os 12 e os 15 anos e acredita que dentro de pouco tempo será alargada a todos.

O Presidente da República tem defendido publicamente a vacinação universal nesta faixa etária e considera que as dúvidas existentes não são “tanto dúvidas de princípio, quanto de momento", afirmando que "tudo tem o seu tempo”.

“Não se discute o princípio, diz-se que ‘nesta fase ainda não’", afirmou no Palácio de Belém, nesta quinta-feira, durante uma declaração sobre as medalhas conquistadas por atletas portugueses nos Jogos Olímpicos de Tóquio2020, tendo aproveitado a ocasião para abordar a campanha de vacinação em Portugal.

Afirmando que é preciso "ter paciência" no que se refere à vacinação das crianças entre os 12 e 15 anos, Marcelo Rebelo de Sousa fez uma comparação com a utilização das máscaras para referir que, no início da pandemia, o próprio andou a "pregar no deserto durante umas semanas ou meses acerca da utilidade das máscaras".

"Dois meses depois, concluía-se que eram fundamentais, dois meses antes eram desnecessárias e contraproducentes. Portanto, tudo tem o seu tempo e está a correr bem a vacinação", realçou Marcelo.

O Presidente da República frisou que o "fundamental" é que, "quanto à questão de princípio" da vacinação das crianças, não haja "nenhuma objeção definitiva", e reiterou que é preciso "deixar correr o tempo" para mostrar que, "aquilo que é bom neste momento na Madeira" – onde já está a decorrer a vacinação das crianças entre os 12 e os 15 anos – "venha também a ser considerado bom nos Açores e no continente".

Marcelo Rebelo de Sousa quis ainda "felicitar a forma" como a campanha de vacinação está a "avançar muito rapidamente", e afirmar que a decisão do Governo de "abrir mais a economia e a sociedade portuguesa" foi uma "boa decisão".

"Os números têm dado razão a essa postura e a essa posição do Governo, e espero que a vacinação vá avançando, de acordo com as prioridades que estão definidas e cobrindo até ao limite possível a população portuguesa", afirmou o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se assim "muito esperançado" que seja "rápida a vacinação dos que estão entre os 16 e 17 anos", para que, "ulteriormente", seja possível começar a vacinar, então, as crianças entre os 12 e os 15 anos.

A DGS recomendou na sexta-feira a administração de vacinas contra a Covid-19 em crianças entre os 12 e os 15 anos com comorbilidades.

Segundo a norma que define as doenças prioritárias para vacinação entre os 12-15 anos, devem ser vacinadas prioritariamente contra a covid-19 as crianças que tenham cancro ativo, diabetes, obesidade, insuficiência renal crónica.

A norma estabelece também como doenças prioritárias para vacinação a transplantação, a imunossupressão, as doenças neurológicas, que englobam a paralisia cerebral e distrofias musculares, as perturbações do desenvolvimento, como a Trissomia 21 e perturbações do desenvolvimento intelectual grave e profundo.

A doença pulmonar crónica, doença respiratória crónica, como asma grave, e fibrose quística também estão entre as prioritárias.

Para a DGS, deve ser dada a possibilidade de vacinação a todas as crianças desta faixa etária por indicação médica e segundo a disponibilidade de vacinas, remetendo uma decisão sobre o acesso universal para quando houver dados disponíveis adicionais sobre a vacinação nestas idades.

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  • José J C Cruz Pinto
    06 ago, 2021 ÍLHAVO 11:55
    "É uma questão de momento, e não de princípio". Muito bem! E, como foi e é absolutamente óbvio pela confusão gerada - e, aliás bem a propósito da citação -, o "momento" para as intervenções públicas anteriores sobre o tema não terá sido o melhor. Quanto ao princípio (para além do momento), e por diversas razões), os pediatras ainda têm dúvidas, e expressaram-nas. [... Já foi a a segunda pessoa altamente colocada que vimos e ouvimos em anos recentes, mais que uma vez, sugerir explícita e publicamente - indicando mesmo "exemplos" (!) - que, no seu absolutamente legítimo entendimento, nunca (ou raramente) se engana ... Deveria dar-nos que pensar.]

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