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Dia da Mãe

Cada vez mais imigrantes asiáticas batem à porta da Ajuda de Mãe

05 mai, 2024 - 13:44 • Henrique Cunha

Ajuda de Mãe acompanhou mais de mil mulheres em 2023. Grande maioria dos pedidos “são de carência económica”, diz à Renascença a presidente da instituição social.

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A instituição social Ajuda de Mãe acompanhou mais de mil mulheres em 2023 e há cada vez mais pedidos de imigrantes asiáticas.

Neste Dia da Mãe, a presidente da Ajuda de Mãe, Madalena Teixeira Duarte, revela “um aumento significativo de pedidos de ajuda de mães oriundas do Nepal e da India".

A responsável admite que o aumento do fenómeno da imigração em Portugal também já tem reflexos ao nível dos pedidos de apoio que chegam à instituição, “nomeadamente os pedidos em Lisboa, que já são muitos pedidos de migrantes, e assiste-se nos últimos tempos a esta transformação”.

“Nós antes tínhamos muitos pedidos de pessoas de nacionalidade portuguesa, que continuamos a ter, e muitas pessoas provenientes dos PALOP [Países de Língua Oficial Portuguesa] que também continuamos a ter, mas agora muitos destes migrantes são de origem asiática, sobretudo nepaleses, e muitos pedidos de mães de nacionalidade indiana”, revela.

A Ajuda de Mãe é uma IPSS - Instituição Particular de Solidariedade Social com estatuto de utilidade pública sem fins lucrativos e tem “como principal objetivo, apoiar cada mãe e cada família de modo que o nascimento do Bebé seja um fator de melhoria da sua vida e da vida familiar”.

Nestas declarações à Renascença, Madalena Teixeira Duarte adianta que a grande maioria dos pedidos de ajuda "são de carência económica" que acabam por evoluir para "outro tipo de ajuda, como apoio psicológico, apoio em formação e integração profissional".

“Além da parte da formação e da parte da reintegração profissional, o que é mais solicitado, cerca de 85 % dos pedidos estão relacionados com pedido de ajuda em bens, por carência económica, que a maior parte das vezes, evolui para outro tipo de ajuda, nomeadamente apoio psicológico, apoio em formação e, integração profissional."

"A maior parte destas mães, embora nós não façamos essa distinção, são mães com muito pouco apoio familiar. Nós não fazemos a distinção se são solteiras ou casadas. Agora, sublinho, quase todas estas mães que nos chegam têm pouco apoio familiar e pouco apoio da comunidade e, portanto, sentem-se mais sozinhas”, relata.

Madalena Teixeira Duarte refere que “o único apoio certo” que a instituição tem “decorre dos acordos com a Segurança Social”, e sublinha a importância do “apoio de mecenas aos projetos e também das empresas e particulares que nos ajudam”.

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