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“A conflitualidade é grande”. Sindicato dos Impostos reclama agravamento de penas por agressões à função pública

03 mai, 2024 - 00:50 • Marisa Gonçalves

Líder do sindicato, Gonçalo Rodrigues, afirma ter “esperança” de que tenha sido “apenas uma falha de comunicação”.

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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, Gonçalo Rodrigues, manifesta estranheza pelo facto de este setor laboral não ser referido no reforço do quadro criminal relativo aos crimes de agressão e ofensas contra vários grupos de profissionais públicos.

Em declarações à Renascença, Gonçalo Rodrigues garante que as situações de conflitualidade são muito frequentes.

“Nos nossos serviços de finanças, sobretudo nos grandes centros e mesmo na inspeção tributária, é frequente existirem queixas de situações dessas. Aliás, deve haver registo delas nos órgãos da polícia criminal. Certamente haverá esses registos judiciais e será fácil ao Governo averiguar que realmente existem”, aponta.

O Governo decidiu, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, reforçar o quadro criminal de agressões e ofensas contra vários grupos de profissionais públicos, nomeadamente forças e serviços de segurança, guardas prisionais, profissionais de saúde e professores e auxiliares.

Em reação, o Sindicato dos Trabalhadores do Impostos diz compreender a medida e espera que possa ser estendida a este setor da função pública.

“Nós andamos há muito tempo a reivindicar isto mesmo porque a conflitualidade é muito grande e é fácil perceber as razões. Nós somos aqueles que retiram dinheiro à famílias e às empresas para colocar, nos termos da lei, nas mão dos políticos. De cada vez que a política falha, quem mais sofre somos nós”, acrescenta.

Gonçalo Rodrigues lamenta que os trabalhadores dos impostos não tenham sido incluídos no comunicado emitido pelo Governo e afirma ter “esperança” de que tenha sido “apenas uma falha de comunicação”.

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