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Puigdemont vai candidatar-se à presidência do governo da Catalunha

13 mai, 2024 - 16:41 • Diogo Camilo e Lusa

O partido do independentista catalão não conseguiu metade dos votos necessários para formar governo, mas Puigdemont disse ter condições para governar a região. Eleições foram ganhas pelo Partido Socialista, com 42 dos 135 mandatos.

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Os independentistas podem ter perdido a maioria no Parlamento da Catalunha 14 anos depois, mas Carles Puigdemont confirma que vai avançar com uma candidatura à presidência, com o objetivo de criar um governo minoritário.

O partido independentista Juntos pela Catalunha (JxCat) conseguiu 35 deputados (mais três do que nas últimas eleições), foi o segundo mais votado nas eleições deste domingo, atrás dos socialistas, mas nem com a ajuda das outras forças políticas separatistas como a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), o CUP e a AC, o partido tem os 68 deputados suficientes para formar maioria.

O Partido Socialista da Catalunha (PSC), liderado por Salvador Illa, conseguiu 28% dos votos e 42 mandatos, mais nove do que em 2021.

Em conferência de imprensa no sul de França, a poucos quilómetros da fronteira com Espanha, Puigdemont disse acreditar ter condições para governar a região.

“O panorama político espanhol irá ficando mais claro à medida que houver decisões ou não decisões”, indicou, referindo que os socialistas só conseguirão mais apoios que o Juntos pela Catalunha através de uma “aliança contranatura” com o outro grande partido independentista da região, a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC).

Para baralhar ainda mais as coisas, o até agora presidente da Catalunha, Pere Aragonés, assumiu o mau resultado eleitoral e anunciou que não irá assumir o seu mandato como deputado, descartando a proposta de Puigdemont para um bloco independentista e referindo que o partido será “um elemento de desbloqueio”.

“A ERC vai manter-se na oposição, que é onde os cidadãos nos colocaram”, disse, depois do próprio PSC ter assumido o partido como o aliado preferencial para uma solução governativa.

Illa, o líder dos socialistas, admitiu durante a campanha governar com o apoio da ERC, partido que viabilizou todos os governos de Pedro Sánchez, com quem negociou indultos e a amnistia para os independentistas.

A ERC nunca se comprometeu com uma aliança com os socialistas na Catalunha, mas também nunca a excluiu, e Aragonès nada adiantou nas declarações que fez em Barcelona no domingo.

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