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Grande Porto

Matosinhos. Tubagens de pavilhão escolar onde foi detetada legionella vão ser substituídas

22 abr, 2021 - 19:07 • Lusa

Autarquia de Matosinhos garante que a estirpe detetada “não constitui qualquer perigo para a saúde”.

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As canalizações do pavilhão desportivo da Escola Secundária Abel Salazar, em Matosinhos, fechado devido à presença de uma estirpe de legionella, vão ser retiradas e substituídas daqui a duas semanas, avançou esta quinta-feira à Lusa a câmara.

Segundo a autarquia, depois de terem sido encontrados indicadores microbiológicos da presença de uma estirpe de legionella nas tubagens do pavilhão, as mesmas foram desinfetadas através de tratamento químico e térmico.

Posteriormente, foram recolhidas novas amostras que ainda evidenciaram indícios da presença da bactéria, pelo que o pavilhão se mantém encerrado.

Apesar de terem sido feitas novas análises, esta autarquia do distrito do Porto decidiu, contudo, substituir todas as canalizações, obra que só poderá ocorrer quando não houver indícios da presença desta estirpe de legionella.

A câmara alertou que a estirpe detetada “não constitui qualquer perigo para a saúde”.

Além disso, a autarquia frisou que a conduta de água que faz o abastecimento do pavilhão é exclusiva, não servindo o restante edifício escolar, daí a escola estar a funcionar.

Antes do regresso das aulas presenciais, a autarquia realizou análises à presença de legionella em todas as escolas e equipamentos escolares que estiveram encerrados desde janeiro até ao início de abril, no âmbito das medidas de contenção da pandemia de Covid-19.

“Uma medida precaucionária que pretendia proteger a comunidade escolar da eventual presença deste tipo de bactérias, uma vez que o facto de as escolas terem estado encerradas constituía um fator de risco acrescido para o aparecimento desta bactéria nas canalizações”, explicou.

Perante a sua presença no pavilhão desportivo, o mesmo não reabriu com o regresso às aulas presenciais.

Em outubro de 2020, um surto de legionella afetou os concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, no distrito do Porto, tratando-se de uma estirpe diferente daquela encontrada agora no pavilhão.

A 13 de janeiro, em audição parlamentar, a Administração Regional de Saúde de Norte (ARS-N) deu por extinto o surto de legionnella que atingiu a região do Grande Porto no último trimestre de 2020, atualizando em 88 casos e 15 mortos o balanço final da ocorrência.

A doença do legionário, provocada pela bactéria 'Legionella Pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

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