Morte de Sara Carreira. Ministério Público acusa namorado e Cristina Branco de homicídio por negligência

Ivo Lucas, namorado da cantora Sara Carreira, e a fadista Cristina Branco foram acusados pelo Ministério Público de homicídio por negligência no acidente de que resultou a morte da filha do cantor Tony Carreira, avançam o Correio da Manhã e a CNN Portugal.

O crime de homícidio por negligência é punido com uma pena até três anos de prisão ou pena de multa.

O relatório final do inquérito GNR, divulgado na semana passada pelo Jornal de Notícias, está descrito que a viatura seguia a 128 quilómetros por hora num piso escorregadio, no momento do acidente. A Guarda conseguiu estimar a velocidade através de uma perícia à centralina do carro em que os dois seguiam.

O mesmo relatório atribuiu ainda responsabilidades aos condutores dos dois veículos, onde seguia a fadista Cristina Branco, que embateram antes do capotamento da viatura onde seguia Sara Carreira e Ivo Lucas. Estão ainda acusados mais dois condutores por condução perigosa.

Segundo este documento, deveriam ter sinalizado o acidente.

Todavia, é atribuída maior responsabilidade a Ivo Lucas, uma vez que ficou concluído que, na altura do choque, não estava a chover e havia visibilidade suficiente para evitar a colisão - como, aliás, aconteceu com outros veículos, que conseguiram passar pela zona do acidente e evitaram o embate.

O Correio da Manhã, citando a acusação, cita o filme da tragédia que vitimou Sara Carreira. Um primeiro condutor, Paulo Neves, de 54 anos, ao volante de Volkswagen Passat, passou no quiolémetro 60 da A1 a uma velocidade entre os 28 km/h e os 32 km/h. Paulo tinha uma taxa de alcoolemia de 1,18 g/l.

Esta viatura foi atingida por trás pelo carro de Cristina Branco que, segundo o MP, não reduziu a velocidade e seguia entre 108 km/h e os 114 km/h.

Os dois veículos ficam dispostos na estrada, sendo que Ivo Lucas e Sara Carreira, a bordo de um Range Rover, embatem nas duas viaturas. O MP diz que Ivo Lucas "conduzia de forma desatenta, não reduzindo a velocidade, guinando para a esquerda sem evitar o acidente".

O carro capotou várias vezes, o que segundo a acusação, foi o motivo da morte de Sara Carreira.

Por fim, o quarto acusado, Tiago Pacheco que circulava entre os 146 km/h e os 155 k/h embateu na lateral do carro em que seguiam Ivo e Sara.