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Desconto automático nos medicamentos para idosos pobres é "bem-vindo", mas não passa de "paliativo"

25 set, 2023 - 13:32 • Alexandre Abrantes Neves , Vítor Mesquita , Miguel Marques Ribeiro

A Presidente da APRe! definiu como prioritária a atualização do valor do Complemento Solidário para Idosos, que continua abaixo do limiar da pobreza.

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O desconto automático de 50% para os idosos nos medicamentos comparticipados, que entra esta segunda-feira em vigor, é uma boa medida, mas pode ser insuficiente, afirma a presidente da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe!), Rosário Gama, em declarações à Renascença.

A decisão do Governo beneficia todos aqueles que recebem o Complemento Solidário para Idosos (CSI), que a partir de agora já não têm de apresentar uma fatura de aquisição dos medicamentos no centro de saúde e depois aguardar pelo reembolso.

Rosário Gama defende que a medida “é bem-vinda”, porque os idosos vão ter a vida "facilitada", mas só será eficaz se o CSI também for atualizado.

“É um paliativo porque o complemento solidário para idosos, que é de 480 euros, ainda está longe dos 550 que são o valor correspondente ao limiar da pobreza”, afirma a presidente da APRe!.

A representante dos reformados pediu ainda um aumento nas deduções especificas para os pensionistas no Orçamento do Estado do próximo ano.

Essa rubrica do IRS “já foi de seis mil euros”, realçou a dirigente associativa.

“Depois, a partir de 2011 foi interrompido esse valor e passou a ser 4.100. Aquilo que nós entendemos é que a dedução específica na categoria H, que é a categoria das pensões, deve voltar ao valor de 14 vezes o indexante dos apoios sociais, que é à volta de seis mil euros”, referiu.

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