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Aeroporto Francisco Sá Carneiro

Coronavírus. Mais um caso positivo de um trabalhador no aeroporto do Porto

17 mar, 2020 - 20:38 • Redação

Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil confirma à Renascença novo caso de infeção. Trata-se de um trabalhador da Ryanair, cunhado da funcionária da Portway que ontem acusou positivo. Restantes funcionários aconselhados a "entrar imediatamente em quarentena".

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O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) confirmou esta terça-feira à Renascença a existência de um segundo trabalhador de handling (serviços em terra de apoio ao transporte aéreo) infetado pelo novo coronavírus no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.

Segundo adiantou fonte do SINTAC, trata-se de um trabalhador da Ryanair, cunhado da funcionária da Portway que acusou igualmente positivo à Covid-19 na segunda-feira.

O sindicato já aconselhou, por mensagem, todos os trabalhadores das empresas que operam na área de placa do Aeroporto Francisco Sá Carneiro a “entrar em quarentena imediata e ligarem para o SNS 24”, informando os delegados de saúde “que trabalham na mesma área do trabalhador infetado”.

Segundo a fonte do sindicato, há a informação de mais “algumas dezenas de trabalhadores” que já se encontram em quarentena e que, embora aguardando pelos resultados dos testes laboratoriais, “apresentam febre” e outros sintomas que podem estar relacionados com a infeção pelo novo coronavírus.

O sindicato exorta também o Governo “a encerrar”, por tempo indeterminado, e “desinfetar de imediato” o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, devendo apenas funcionar “os voos fundamentais”, nomeadamente o transporte de mercadorias e a repatriação de cidadãos nacionais e estrangeiros.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180.000 pessoas, das quais mais de 7.000 morreram e 75.000 recuperaram.

O surto começou em dezembro na China, que regista a maioria dos casos, e espalhou-se entretanto por mais de 145 países e territórios. Na Europa há mais 67.000 infetados e pelo menos 2.684 mortos, a maioria dos quais em Itália, Espanha e França.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

Dos casos confirmados, 242 estão a recuperar em casa e 206 estão internados, 17 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos. Há ainda a assinalar mais 4.030 casos suspeitos até hoje, dos quais 323 aguardam resultado laboratorial.

Do total de cidadãos infetados em Portugal, três recuperaram.

O país está em estado de alerta desde sexta-feira, tendo o Governo colocado os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

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