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Coronavírus. Hotelaria já se ressente e pede apoios

28 fev, 2020 - 14:56 • Cristina Nascimento com Lusa

AHRESP pede "medidas específicas de apoio a estas atividades, nomeadamente ao nível financeiro".

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A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) avança que o setor já começa a registar quebras, devido ao surto de coronavíru, situação que "exige que se antecipem medidas específicas de apoio, nomeadamente ao nível financeiro".

“Apesar de não se conhecerem casos confirmados no nosso país, as empresas do alojamento turístico e da restauração e bebidas começam já a sentir os primeiros sinais provocados pelo novo Coronavírus, com registo de contração e mesmo cancelamento de reservas já efetuadas”, refere a associação em comunicado.

A AHRESP diz-se "preocupada" com esses impactos e anuncia já ter solicitado ao Governo "que se antecipem medidas específicas de apoio a estas atividades, nomeadamente ao nível financeiro, por forma a se acautelar e minimizar impactos negativos na atividade turística de 2020".

"Acresce que esta situação se acentua numa época em que as empresas já iniciaram o reforço de contratação de mão-de-obra, bem como realizaram investimentos de requalificação e melhoramento das suas unidades para o período da Páscoa que se avizinha, mas também para a época alta do Verão", procura essa que pode não registar-se, adverte.

A associação salienta que Portugal "está na rota de muitos itinerários que incluem vários países europeus, levando a que muitos turistas, por receio, mesmo que infundado, tenham vindo a cancelar as suas viagens", prejudicando empresas e a economia.

"A AHRESP continuará a trabalhar com o Governo e a promover, junto das empresas, uma desejável serenidade e a divulgação de todas as informações e orientações da Direção-Geral da Saúde, com quem reunirá em breve, e da Organização Mundial da Saúde", conclui.

Os últimos dados do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), divulgados esta sexta-feira, revelam 815 casos do novo coronavírus na Europa e, entre estes, o registo de 19 mortes, 17 das quais em Itália e duas em França.

Segundo o ECDC, verificaram-se até ao momento casos de covid-19 em Itália (650), Alemanha (47), França (38), Espanha (25), Reino Unido (16), Suíça (oito), Suécia (sete), Áustria (cinco), Noruega (quatro), Croácia (três), Grécia (três), Finlândia (dois), Bélgica (um), Dinamarca (um), Roménia (um), Estónia (um), São Marinho (um), Holanda (um) e Lituânia (um).

A nível mundial, o Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infetou mais de 83 mil pessoas, tendo das pessoas infetadas recuperado mais de 36 mil.

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