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BE quer reforço do Orçamento de Estado na resposta aos cuidadores informais

01 out, 2019 - 15:30 • Isabel Pacheco

Durante uma ação de campanha, que juntou, no Porto, mais de uma dúzia de cuidadores de todo o país, Catarina Martins ouviu as queixas e muitas histórias de quem cuida dos outros.

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A coordenador do Bloco de esquerda (BE), Catarina Martins, defendeu, esta terça-feira, o reforço do Orçamento de Estado na resposta aos cuidadores informais.

“Precisávamos já que na próxima legislatura houvesse a força suficiente para termos um OE que dê capacidade de efetivar o direito, por exemplo, ao descanso dos cuidadores informais”, durante um encontro com cuidadores, no Porto.

“Isso é para fazer já”, reforçou a líder bloquista, definindo como prioridades o reconhecimento da carreira contributiva e a remuneração de quem cuida, sob o argumento de que “um país que se leva a sério não pode condenar à pobreza quem deixou de trabalhar para cuidar quem estava ao seu lado”.

Durante a ação de campanha, que juntou mais de uma dúzia de cuidadores de todo o país, Catarina Martins ouviu as queixas e muitas histórias de quem cuida dos outros.

Rosália e Conceição viram, este ano, aprovado o estatuto de cuidadoras informais. Ainda, assim, há direitos que continuam a ser negados, lamentam as duas mulheres.

“O Estado não pode apagar com uma esponja o meu passado,” lamentou Rosália, cuidadora da filha há 38 anos.

Já Conceição lembrou que os cuidadores são “profissionais em casa” e rejeitou qualquer “esmola” do Estado.

“O que é que me vão dar amanhã? Vão me dar um curso de formação profissional de 200 euros? Eu não quero. Um subsidio de esmola? Eu não quero”, insistiu. “Pelo menos, uma remuneração com o direito dos trabalhadores noutra profissão qualquer”, pediu.

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  • Petervlg
    01 out, 2019 Trofa 17:32
    Mentirosa, esteve 4 anos a dar guarida o PS e agora é que quer um reforço do OE para os cuidadores informais

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