Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Um detido no protesto climático que cortou trânsito na Almirante Reis em Lisboa

27 set, 2019 - 19:48 • Lusa

Os ativistas acamparam na Avenida Almirante Reis. Polícia retirou um a um manifestantes.

A+ / A-

Uma pessoa foi detida no protesto que reuniu esta sexta-feira à tarde centenas de pessoas na Avenida Almirante Reis, levando ao corte de circulação nesta artéria lisboeta junto ao Banco de Portugal, e terminou pelas 21h30. Os manifestantes foram retirados um a um.

De acordo com fonte do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, um manifestante foi detido "porque não acatou as ordens e resistiu à polícia".

"De resto correu tudo sem incidentes e não houve necessidade de identificar ninguém", afirmou a mesma fonte, em declarações à agência Lusa.

Várias centenas de pessoas, maioritariamente jovens, reuniram-se esta tarde junto ao Banco de Portugal, numa manifestação pacífica para exigir políticas consistentes para combater as alterações climáticas.

O protesto, convocado pelo movimento Extinction Rebellion Portugal, acabou por bloquear a circulação no cruzamento da Rua de Angola com a Avenida Almirante Reis, num cenário de concentração ordeira onde não faltaram tendas de campismo montadas no meio da estrada e cartazes com dizeres contra o "colapso climático".

Pelas 20h00, elementos do Corpo de Intervenção da PSP começaram a retirar da estrada, um a um, os manifestantes.

O comissário Serra, do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, explicou à Lusa que os ativistas foram avisados que a manifestação foi considerada ilegal por terem cortado a circulação no cruzamento da Rua de Angola com a Avenida Almirante Reis.

Como os manifestantes em defesa do planeta se recusaram a sair, numa atitude de "resistência pacífica", como a classificou o oficial da PSP, os elementos do Corpo de Intervenção foram chamados a intervir, retirando-os um a um da estrada para as laterais da Almirante Reis, arrastando aqueles que ofereceram mais resistência.

Alguns jovens disseram à Lusa que pretendiam passar ali a noite em protesto contra as políticas que consideram erradas e que no seu entender estão a destruir o ambiente do planeta, sendo visíveis diversas tendas no local.

Esta concentração seguiu-se ao final da grande manifestação, que começou no Cais do Sodré, também em Lisboa, integrada na Greve Climática Global, que teve concentrações idênticas em 170 países.

[notícia atualizada às 00h11]

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Advogado do Diabo
    28 set, 2019 Planeta Terra 10:39
    Isto é muito bonito, mas deixem-me fazer de advogado do Diabo: não só os Países que contam (EUA, CHINA, India, Russia, etc) não tencionam gastar milhares de milhões de dólares para reconverter as industrias hiperpoluentes, como a generalidade da população, que até apoia estas causas desde que não tenha de mudar de hábitos consumistas, não está virada para aceitar alterações drásticas, que em muitos casos significam um retorno ao quase primitivismo, nas suas vidas de consumidores. Metade dos carros em circulação, assim como 2/3 dos aviões são para parar já. Era uma vez o Turismo. Só viaja quem tem mesmo de viajar. Extensas áreas de terrenos agrícolas têm de ser reconvertidas em florestas para limpar atmosfera e fixar o CO2. A carninha entre outros produtos, que abundam nos supermercados, será quase racionada. A alimentação terá de mudar de maneira drástica, assim como a produção de lixo. E por aí fora... Acham mesmo que as pessoas estão prontas para abdicar do seu actual estilo de vida, principalmente, quando se poem a pensar que "... quando a bomba estoirar, estarei enterrado há muito..."? É pena, mas só vejo sucesso nesta luta, quando por esgotamento dos recursos, a Sociedade seja mesmo obrigada a mudar. Mas aí... é tarde demais.

Destaques V+