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Montenegro nega saneamento político na Santa Casa e fala em "situação dificílima"

30 abr, 2024 - 14:14 • Alexandre Abrantes Neves com Lusa

O primeiro-ministro diz que "quem fala de saneamento político" na Santa casa da Misericórdia é porque tem "afinidade partidária" com quem foi exonerado.

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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, alertou hoje para "a situação dificílima" da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e rejeitou qualquer saneamento político no que respeita à exoneração da provedora Ana Jorge.

"Eu creio que é preciso dar ao país sinais de normalidade no funcionamento da nossa democracia. Não há saneamento político nenhum", afirmou o chefe do Governo, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita à feira agropecuária Ovibeja, que arrancou hoje em Beja.

Questionado sobre a situação da SCML, Luís Montenegro argumentou mesmo que, "quem fala em saneamento político, porventura, queria garantir a manutenção de alguma afinidade partidária das pessoas que vão cessar funções" naquela instituição.

"Estão, se calhar, preocupados com isso. Nós [Governo] não estamos preocupados com isso, nem é por essa razão que as pessoas vão ser exoneradas", afiançou.

O primeiro-ministro destacou que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa "está numa situação dificílima do ponto de vista financeiro e do ponto de vista da garantia e da salvaguarda das suas funções sociais" e é isso que o executivo quer resolver.

"É preciso que haja, por parte da tutela, total sintonia com a respetiva administração para se cumprirem as orientações de política que emanam do novo Governo", frisou.

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  • Anastácio José Marti
    30 abr, 2024 Lisboa 15:04
    Será apenas para qualificar a situação da SCML que o primeiro ministro é pago? Para quando responsabilizar civil e criminalmente quem provocou esta situação e as negociatas com Angola? Será que aguardam mais alguma prescrição para nada assumirem, continuando as incompetências, irresponsabilidades a compensarem todos e todas que nos provam que nunca nada souberam dirigir? É vergonhoso que p crime compense quem o comete uma vez que até hoje, 30/4/2024 nada se conhece que o Ministério Público tenha fiscalizado em tais negócios praticados pelo Provedor anterior e pela sua Administração, como se fosse para fazer negócios que o a SCML existe, e se são destas formas que alguma vez a mesma SCML responderá aos dramas sociais, humanos e até de saúde que a sociedade em geral e a população de Lisboa continua a necessitar de uma resposta responsável que a SCML e o SNS nunca deram para dignificarem a saúde em Portugal. Até quando portugueses e portuguesas?

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