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Operação Fizz

Proença de Carvalho acusa ex-procurador Orlando Figueira de “denúncia caluniosa” e "obsessão doentia"

01 fev, 2019 - 17:11 • Tiago Palma com Lusa

Em comunicado, Proença de Carvalho afirma que o ex-procurador (condenado a seis anos e oito meses de prisão) revela um “comportamento próprio de um mentiroso compulsivo” e que “a insistência nas mentiras só pode ser vista à luz de uma obsessão doentia”.

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O advogado Daniel Proença de Carvalho classificou esta sexta-feira como uma “denúncia caluniosa” e uma tentativa de "instrumentalização" do Ministério Público a participação contra si, feita pelo ex-procurador Orlando Figueira, condenado na Operação Fizz.

O Ministério Público instaurou um inquérito para investigar a alegada participação do advogado Proença de Carvalho e do banqueiro luso-angolano Carlos Silva (presidente do BPA Angola e Europa) no caso Operação Fizz, após participação de Orlando Figueira, que foi condenado a seis anos e oito meses por corrupção passiva qualificada, branqueamento de capitais, violação do segredo de justiça e falsificação de documentos.

“É lamentável a tentativa que o referido senhor faz de instrumentalizar o Ministério Público, através da apresentação de uma denúncia caluniosa, com o objetivo manifesto de atingir o bom nome de pessoas que nenhuma relação têm com os crimes praticados por Orlando Figueira”, escreveu Proença de Carvalho em comunicado.

Durante o julgamento, Orlando Figueira insistiu sempre na tese de que, depois de ter saído do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), tinha sido contratado pelo banqueiro luso-angolano Carlos Silva para ir trabalhar como assessor jurídico para Angola, e que o cancelamento do seu contrato de trabalho tinha sido efetuado pelo advogado Proença de Carvalho, com quem tinha feito um “acordo de cavalheiros”.

Ouvidos como testemunhas em julgamento, Carlos Silva e Proença de Carvalho negaram tais factos.

No comunicado, Proença de Carvalho sustenta que “tais mentiras foram expostas e desmascaradas, uma a uma, pelo Tribunal Coletivo [de julgamento]”, acrescentando que, enquanto testemunha, teve oportunidade de prestar os esclarecimentos pedidos, e que os juízes consideraram o seu depoimento “credível”.

O advogado afirma que o ex-procurador revela um “comportamento próprio de um mentiroso compulsivo” e que “a insistência nas mentiras só pode ser vista à luz de uma obsessão doentia ou uma estratégia processual”.

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