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Tarefeiros nas escolas são para “colmatar algumas carências pontuais"

07 set, 2018 - 13:51

É a resposta do Governo à notícia hoje veiculada pelo “Jornal de Notícias”, de que estariam a ser contratados tarefeiros a 3,82 euros/hora para fazer face à escassez de funcionários.

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O Governo garante que os tarefeiros contratados por vários agrupamentos escolares são apenas casos pontuais, para suprir a falta de assistentes operacionais.

“Em muitos casos, estamos a falar de horas pontuais e não de contratos feitos a tempo inteiro a esse valor. Não é disso que estamos a falar, estamos por vezes a falar de prestações pontuais nas escolas para colmatar algumas carências pontuais, também por baixa médica”, garante o secretário de Estado da Educação.

João Costa reage assim à notícia desta sexta-feira sobre a contratação de tarefeiros para fazer face à escassez de funcionários (os chamados contínuos) nas escolas. Segundo o JN, em três semanas e até quarta-feira, quase uma centena de agrupamentos abriu concursos para admitir 536 tarefeiros, que receberão 3,82 euros ilíquidos à hora para tapar buracos nas escalas de trabalho.

Aos jornalistas, o secretário de Estado preferiu realçar “o caminho principal”, que “é este reforço maciço [de 2.500] assistentes operacionais a que assistimos nos últimos dois anos”.

Mas este reforço não será ainda suficiente. Os diretores das escolas públicas queixam-se da falta daqueles assistentes e na segunda-feira desmentiram mesmo a ideia de normalidade sinalizada pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, a propósito do arranque do novo ano letivo.

Um dos problemas "é o défice de assistentes operacionais, contra o qual as escolas têm lutado sistematicamente nos últimos anos", referiu à Renascença o presidente da Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas (ANDAEP).

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  • Filipe
    07 set, 2018 évora 22:13
    Nas escolas onde alegadamente os jovens se educam culturalmente para a vida futura e onde se passa a imagem de que estudar dará melhores empregos , é afinal o sítio onde se albergam trabalhadores tal como os retornados de África fizeram aos negros nos anos 60 . Ora , Portugal a bem dizer que ultimamente virou uma espécie de África constituída por trabalho escravo e mal pago . Quantos filhos e filhas de políticos andam nestes tipos de trabalho em Portugal ? Se é tão bom devem dar o exemplo , metam lá a família deles primeiro .

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