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Primeiro-ministro anuncia reforço de contratação de enfermeiros até fim de Março

06 jan, 2018 - 12:41

António Costa quer assegurar capacidade acrescida de resposta numa altura de baixas temperaturas e gripe.

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O primeiro-ministro anunciou este sábado que o Ministério das Finanças autorizou na sexta-feira "um reforço da contratação de enfermeiros até ao final de Março" que assegure "capacidade acrescida de resposta" neste período de baixas temperaturas e de gripe.

António Costa falava aos jornalistas, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde visitou o Serviço de Urgência acompanhado pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

"Ainda ontem [sexta-feira] foi autorizado por parte do ministério das Finanças um reforço da contratação de enfermeiros até ao final de Março, para termos uma capacidade acrescida de resposta neste momento de crise. E, portanto, necessariamente, estamos a aumentar os meios, de acordo com os planos de contingência, para fazer face à situação", declarou.

O primeiro-ministro, que não adiantou o número adicional de enfermeiros a contratar, defendeu que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) "tem demonstrado capacidade de elasticidade e flexibilidade necessária para responder a este aumento de pressão".

Questionado sobre o número de enfermeiros a contratar, António Costa respondeu que "há um diálogo permanente entre o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças tendo em vista responder às necessidades que se colocam em cada momento, de acordo com o plano de contingência e daquilo que é previsível relativamente à evolução da incidência do vírus da gripe e de outras complicações respiratórias".

"Neste momento, temos conseguido responder adequadamente à situação", defendeu.

O primeiro-ministro salientou que, "quer ao nível hospitalar, quer ao nível dos centros de saúde, têm vindo a ser reforçados os meios, e também na linha Saúde 24", acrescentando: "Portanto, estamos preparados o melhor possível para enfrentar esta situação".

"Estamos a aumentar as camas – creio que aqui são 140 camas a mais. Há cerca de 160 centros de saúde que ao longo do fim de semana estarão a funcionar nas diferentes administrações regionais de saúde para dar uma resposta acrescida", referiu.

Segundo o primeiro-ministro, "isto não quer dizer que não haja alguns momentos em alguns dos estabelecimentos onde a pressão excede a capacidade natural de resposta que possa existir", pois "com o nível de incidência que tem existido é impossível de assegurar que assim não é".

António Costa chegou pelas 11h00 ao Hospital de Santa Maria, onde esteve cerca de meia hora, e de seguida visitou o Centro de Saúde de Sete Rios e o Centro de Contacto do SNS, a antiga linha de Saúde 24.

No Hospital de Santa Maria, esteve acompanhado pela sua secretária de Estado adjunta, Mariana Vieira da Silva, pelo ministro da Saúde e pelo presidente da administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte, Carlos Martins.

Cerca de uma dúzia de jornalistas, incluindo uma equipa de televisão em directo, acompanharam o primeiro-ministro no seu percurso pelo Serviço de Urgência, passando pela triagem, pelas salas de espera e de tratamento, até à Sala de Observação, onde já não foi autorizada a presença de comunicação social.

Durante a visita a este hospital, o presidente da administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte disse ao primeiro-ministro que os casos de gripe estão "em linha com o ano passado", que a procura está sobretudo relacionada com "infeções respiratórias" e que a grande maioria dos doentes que acorre às urgências tem mais de 75 anos.

O primeiro-ministro enquadrou esta sua visita afirmando que "está prevista uma redução significativa das temperaturas" nesta altura e que tem havido este ano "um aumento significativo da incidência da gripe".

"Os conselhos que temos dado são sempre os mesmos: primeiro, cuidados individuais de proteção, em segundo lugar, contacto sempre através da linha Saúde 24", acrescentou.

Quanto ao Hospital de Santa Maria, "um dos grandes hospitais do país, o maior da região", considerou que "tem estado a demonstrar capacidade de resposta".

[Notícia actualizada às 14h09]

Comentários
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  • Tuga
    06 jan, 2018 lisboa 14:29
    Desde 2005 que foram desativadas mais de 2000? camas.Mais enfermeiros depois da crise, serão necessários?Ou é preciso rever equipamentpos e tratamentos obsoletos.Visitem clinica Mayo nos EUA seu funcionamento e depois comparem com Portugal.Se clinica Mayo tem a excelência espelhda na gestao e cuidados Portugal tem os serviços e instalações de acordo com um orçamento pobre e deficitário-é melhor que nada.
  • Amílcar Sousa
    06 jan, 2018 Santo Tirso 14:22
    É um escândalo! Em algum país do mundo desenvolvido se contrata no hoje para estar apto amanhã? Isto é bem representativo da falta de planeamento estratégico para o país. Estes jovens enfermeiros vão acrescentar muito pouco à qualidade do serviço; a prova é que evidente: ainda estamos no início da atividade epidémica, já houve reforço de meios, e os hospitais já estão em (quase) ruptura. Uma vez mais, enganar o povo e falhar na missão de protecção dos cidadãos.
  • Alberto
    06 jan, 2018 Funchal 13:45
    O ISP foi aumentado desde 1 de janeiro! Porque razão só serão contratados a partir de Março?
  • TUGA
    06 jan, 2018 Cuba 13:21
    A esquerda no meu melhor, inchar a Estado e assim usar a máquina pública para votos .

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