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Lisboa

Governo manda encerrar discoteca Urban Beach

03 nov, 2017 - 08:25

Notificação para fecho foi feita às 4h30. Há registo de 38 queixas apresentadas à PSP ao longo deste ano sobre este espaço de diversão.

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Seguranças do Urban Beach espancam jovens
Seguranças do Urban Beach espancam jovens

O Ministério da Administração Interna "determinou o encerramento do estabelecimento K Urban Beach, na sequência dos acontecimentos da madrugada de 1 de Novembro", quando dois jovens foram agredidos à porta da discoteca pelos seguranças.

"A avaliação assentou igualmente nas 38 queixas efectuadas à PSP sobre este estabelecimento ao longo do ano de 2017", lê-se no comunicado enviado às redacções.

De acordo com a mesma nota, a notificação do despacho do Ministro da Administração Interna foi feita às 4h30 e o estabelecimento foi encerrado na altura, com a retirada das pessoas que estavam no interior.

Em causa está o caso de agressões filmado com telemóvel e que foi divulgado nas redes sociais. O filme de cerca de um minuto começa por mostrar um jovem deitado no chão e outro a tentar ajudá-lo a levantar-se, dando a entender que terá havido uma agressão anterior. Ouve-se, então, a voz de uma mulher a dizer “filma, que eu vou processar aquele gajo” e um homem a dizer “coitado”.

Nessa altura, um dos seguranças aproxima-se e agride com um murro o jovem que volta a cair no chão. O amigo que o tentava levantar abre os braços como que a pedir calma e outros seguranças aproximam-se e voltam a agredir a vítima, no chão, inclusivamente com um pontapé na cabeça, antes de se afastarem outra vez.

Por fim, um segurança aproxima-se e ajuda o segundo jovem a levantar o amigo do chão, mas quando este tenta afastar-se do local com o agredido esse mesmo segurança puxa-o para trás e bate-lhe também, atirando-o ao chão. O segundo jovem fica então deitado no chão e o segurança salta para cima da sua cabeça, a pés juntos.

Toda a acção se passa já com luz do dia, com dezenas de pessoas por perto.

O Ministério Público está já a investigar os episódios de violência. À Renascença, o gabinete da Procuradoria-Geral da República confirma que "o Ministério Público decidiu instaurar inquérito" e que "a investigação decorre em articulação com a PSP".

Empresa de Segurança repudia comportamento

A empresa de segurança PSG, responsável pela segurança na discoteca Urban Beach, em Lisboa, junto à qual dois jovens foram agredidos, repudiou este tipo de comportamentos.

Em comunicado, a PSG – Segurança Privada, S.A. diz que teve conhecimento do caso através das imagens divulgadas nas redes sociais e em órgãos de comunicação social e garante que “os responsáveis serão punidos de forma exemplar, de acordo com a gravidade do comportamento”.

“A PSG lamenta profundamente o sucedido e apresenta desde já desculpa aos visados, garantindo que irá desenvolver todos os esforços para seguir a sua missão de proteger e transmitir confiança àqueles a quem assegura a sua segurança”, escreve a empresa, acrescentando que “tudo fará para continuar a merecer a confiança dos seus clientes e do público em geral”.

O episódio das agressões tornou-se público depois de ter começado a circular nas redes sociais um vídeo onde é possível ver alegados seguranças do clube noturno a agredirem violentamente dois homens, que aparentemente estavam indefesos e não demonstravam qualquer resistência.

Em declarações à Lusa ao início da manhã, o administrador do Urban Beach, Paulo Dâmaso, lamentou o encerramento do espaço, afirmando: "Costuma dizer-se que a justiça mais vale ser feita na praça pública e desta vez resultou. Toda a pressão mediática levou a isto".

Numa nota emitida na madrugada de hoje, ainda antes do encerramento da Urban Beach, Paulo Dâmaso repudiou a agressão dos dois jovens junto às instalações da discoteca, na madrugada de quarta-feira, e disse que se tratou de um problema de segurança na via pública.

No comunicado, a Urban Beach manifesta-se disponível para colaborar nas investigações.


[notícia actualizada às 10h00]

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  • Ricardo
    03 nov, 2017 Almada 17:18
    Mesmo depois de 38 participações nada se fez ??? foi preciso um video a circular nas redes sociais para que isso acontece-se ????? Onde estão as autoridades deste pais ???? aaaahhhhh já sei nas estradas a passar multas pois rende muito mais, vão agora estar a perder tempo com isto, só lhes vai trabalho aos agentes da autoridade responsáveis.
  • Alvará Cancelado
    03 nov, 2017 Lisboa 11:49
    Excelente notícia. Quando um esgoto fica aberto demasiado tempo deve ser fechado para não causar náuseas e incómodos. O Alvará da dita empresa de segurança, a tal psg - segurança privada, s.a., ou lá o que se chama, emitido pelo MAI também deve ser cassado de imediato, pois parece mais que se trata de uma empresa de tudo menos de segurança. Nestas coisas os tais seguranças fazem aquilo que lhe mandam e como tal os administrados da empresa de segurança são e foram coniventes com essa atitude. O MAI através da PSP, que é a entidade que intervém, que retire de imediato a licença tal empresa. Não podemos ser um país onde impera a lei dos grupelhos cheios de interesses obscuros. Pela Dignidade de Portugal e de todos nós que aqui vivemos! Não podemos transmitir em momento algum que somos um país onde se cultiva o racismo e a violência como uma mera e abjecta diversão.
  • VIRIATO
    03 nov, 2017 CONDADO PORTUCALENSE 11:49
    A agenda bloquista já está na rua e a propaganda da esquerdalha editorial das televisões em marcha. Falam do tratamento exagerado por parte dos seguranças (é-o sem dúvida nenhuma), mas não falam da má criação que está impregnada na juventude de hoje. É feita protecção às minorias de uma maneira vergonhosa e que faz crescer nos cidadãos que cumprem a lei, um sentimento de nojo perante a distorção da verdade que está por trás destes comportamentos na noite. Protege-se o infrator e dá-se a ideia que este moços que praticavam actos criminosos, são um verdadeiro exemplo para a sociedade e que deveriam servir de exemplo para os outros jovens, porque são tratados como mártires. VERGONHA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, ao serviço do parasitismo e dos comportamentos anti-natura. Isto serve também para desviar as atenções isso sim da barbárie cometida pela turma do "fare niente" e a mamar do R.S.I., e que como não têm mais nada para fazer cometem homicídios com a complacência dos Robles cá do sítio e dos juízes eles próprios ao serviço dessas minorias e que as protegem de uma maneira pornográfica. Neste pais não se pode ser sério é preciso ser de esquerda e do politicamente correcto. A nossa nação está doente, atingiu o grau zero da pouca vergonha, os nossos filhos estão a ser educados fora de casa à maneira da anarquia e da falta de respeito pelo próximo. As televisões e os jornaleiros comportam-se como o eixo do mal e que promovem estes comportamentos.
  • jose ferreira
    03 nov, 2017 porto 11:16
    Façam como eu. não ponham os pés em discotecas com energúmenos como pseudo "seguranças" e vão ver que a vida tem outro sabor. Há muitas maneiras de uma pessoa se divertir sem ser nestes antros.
  • Curiosidades de port
    03 nov, 2017 Porto 10:19
    Tem que se tomar medidas quanto às empresas de segurança, mas o senhor que foi agredido é um santo? Ninguém fala o tipo de atitude que teve para com o segurança, frequentei muitas discotecas e vi muitos clientes a serem muito mal educados insultando os seguranças do pior, e essas situações não interessam, só interessa as imagens para que a opinião pública possa dizer coitadinho do menino. com tanta falta de educação dos jovens dá nestes casos.
  • José Lima
    03 nov, 2017 Cascais 10:13
    Quando daqui a dois anos forem identificados os bandidos e levados ao juíz este manda-os para casa e obrigação de se apresentarem na esquadra de polícia de 15 em 15 dias e, mais dois anos depois, serão julgados por um juíz recém saído da faculdade que os vai condenar a 3 anos de cadeia com pena suspensa enquanto os jovens agredidos ficarão com sequelas permanentes. O habitual nas sentenças deste país.
  • Kompensan gratuito
    03 nov, 2017 Lisboa 09:57
    RCV Os de Coimbra não estão a ser perseguidos? Isso também não foi noticiado? Quer que eles sejam também "encerrados" antes de terem sido apanhados? A azia mata, cuide-se.
  • Sai palha
    03 nov, 2017 Lisboa 09:52
    A primeira questão que se coloca é saber que quantas mais "cenas" teriam havido para além das 38 caso a ultima cena não tivesse sido filmada e noticiada? A segunda questão que se coloca é saber o que é que a PSP fez relativamente às trinta e oito queixas? Pelos vistos nada. Quantas mais queixas teriam que ser feitas para a PSP fazer alguma coisa? A terceira questão é saber, com toda esta palhaçada, em que País é que estamos? Na Somália? No Níger? É que sendo Portugal, Lisboa e Porto em particular, zonas cada vez mais visitadas por turistas e sendo esse turismo importante para a economia estas situações sejam tratadas com os pés. Ou seja, nem com os pés sejam tratadas. Se se juntar a toda a banditagem que faz da noite o quer toda a banditagem carteirista temos que concluir que o turismo "galinha de ovos de ouros" qualquer dia poderá ter os dias contados. Em Lisboa há carteiristas de tal maneira ativos que chegam a ser apanhados dezenas de vezes por ano. A policia apanha e o juiz liberta. A desculpa é da lei. Se as leis estão malfeitas há que exigir aos deputados que as revejam o mais urgente possível em vez de passarem o tempo em constantes peixeiradas onde se acusam uns aos outros de tudo e mais alguma coisa desnecessariamente pois todos sabemos o que é que eles são. País de bananas governado por sacanas.
  • RCV
    03 nov, 2017 Lx 09:02
    A esquerda a actuar! Gerar uma grande e desproporcionada resposta à volta deste tema para eclipsar e calar o outro caso em que membros de uma minoria espancaram quase até à morte uma pessoa por absolutamente nada! Neste caso das discoteca parece que as circunstancias seriam completamente diferentes pois a ajuda dos seguranças foi solicitada por populares a quem este dois indivíduos estava a assaltar os carros. 'Politicamente correcto' selectivo: a nova ditadura de esquerda!
  • Dias
    03 nov, 2017 mafra 08:55
    Uma medida sensata.

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