18 jun, 2017 - 13:14
O Governo decretou este domingo três dias de luto nacional, na sequência da tragédia causada pelo incêndio de Pedrógão Grande. Os três dias começam este domingo, com efeito imediato, segundo nota divulgada pelo Conselho de Ministros.
As chamas, que começaram no sábado por volta das 14h00 e que continua activo fez já um total de 62 mortos, conforme dados actualizados, cerca das 13h10 de domingo, pelo secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.
Entre as vítimas mortais, 30 foram encontradas em carros na estrada que leva ao IC8. O secretário de Estado revelou ainda que outras 17 pessoas foram encontradas na estrada, fora das viaturas ou à beira da via. Onze pessoas foram encontradas mortas em ambiente rural. Duas vítimas mortais referem-se a um acidente rodoviário.
Jorge Gomes disse ainda haver 54 feridos, a maioria civis, que foram levados para hospitais de Lisboa, Coimbra e Porto. Há oito bombeiros feridos, quatro deles em estado grave.
No terreno, está uma equipa a fazer a
localização das vítimas. Caso seja encontrado um cadáver, é chamada a equipa da
Polícia Judiciária.
O centro de saúde de Pedrógão Grande foi transformado num centro hospitalar para tratar os feridos e as vítimas do incêndio. Na Casa da Criança, junto à Santa Casa, estão elementos da segurança social para ajudar os desalojados e técnicos de apoio psicológico para informar e encaminhar as famílias das vítimas mortais.
Cerca de 700 homens estão no terreno. As chamas atingem os concelhos de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, com quatro frentes de fogo activas. Ao meio-dia, duas das frentes começavam a render-se ao combate.
Dois aviões canadair espanhóis chegaram para ajudar no combate às chamas e espera-se também ajuda francesa.
É já, de longe, o pior incêndio em termos de vítimas mortais de que há registo nas últimas décadas em Portugal.