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Grândola. PJ forçada a "intervenção musculada" para deter suspeito

06 jan, 2017 - 10:29

O suspeito de rapto da mulher desaparecida em Grândola tentou asfixiar a ex-companheira quando se apercebeu de que a polícia lhe estava a entrar em casa.

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O director da Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal revelou à agência Lusa que o suspeito de rapto de uma mulher em Grândola tentou asfixiar a ex-companheira quando se apercebeu de que a polícia lhe estava a entrar em casa.

“Fomos nós que lhe tirámos a mulher das mãos quando estava a tentar asfixiá-la com uma fita de plástico. A mulher está mal, foi assistida no local por uma equipa do INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica], mas espero que consiga recuperar”, declarou o director da PJ de Setúbal, Vítor Paiva.

O responsável adiantou que “o suspeito, quando se apercebeu de que estava iminente a intervenção da polícia na sua habitação, tentou asfixiá-la com uma fita de plástico”.

Uma outra fonte da PJ contou à Lusa que as autoridades viram-se obrigadas a uma "intervenção musculada" para deter o suspeito, o qual, depois de perceber as movimentações no exterior da casa, barricou-se no seu interior, fechou três portas e colocou móveis à frente para impedir a sua abertura.

A mulher, de 37 anos, desaparecida desde o início desta semana na zona de Grândola, foi encontrada esta sexta-feira com vida, na companhia do ex-companheiro, “mas maltratada”, segundo fonte da PJ.

Vítor Paiva disse que a PJ acreditava que, “mais tarde ou mais cedo, o suspeito regressaria a casa ou já estaria lá”, salientando que pessoas e casas estavam a ser vigiadas há vários dias.

“Estamos convencidos de que esta mulher acabaria por ser vítima de um homicídio sob qualquer pretexto, e o suspeito acabou por dar razão a esta convicção ao tentar asfixiá-la quando se apercebeu do movimento táctico/policial para entrar em casa”, sublinhou.

Segundo o director, a PJ percebeu que o suspeito estava no interior da habitação, em Azinheira de Barros, no concelho de Grândola, e acabou por detê-lo cerca das 07h00 desta sexta-feira

Vítor Paiva adiantou que a PJ vai agora tentar reconstituir tudo o que o suspeito e a ex-companheira fizeram nos últimos dias e investigar a passagem de uma viatura nos pórticos da Via Verde de Boliqueime e Tavira, no Algarve.

O director da PJ de Setúbal disse ainda que não foi encontrada a viatura roubada e usada para abalroar o carro da mulher.

Segunda a PJ, a mulher foi encontrada na casa no concelho de Grândola e o ex-companheiro, de quem a polícia suspeitava, foi detido.

O desaparecimento da mulher residente na zona de Grândola estava a ser investigado pela Polícia Judiciária.

A fonte da Polícia Judiciária de Setúbal indicou à agência Lusa que foram alertados na segunda-feira para o desaparecimento de uma mulher, de 37 anos, que foi trabalhar e não regressou à hora habitual, tendo sido encontrado o veículo em que se fazia transportar.

"O desaparecimento ocorreu em circunstâncias não muito vulgares, o que pode levantar a suspeita de crime", adiantou então a fonte da PJ.

A investigação do caso estava a ser efectuada pela PJ de Setúbal, depois do desaparecimento da mulher ter sido participado no Destacamento Territorial de Grândola da GNR.

Comentários
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  • João
    06 jan, 2017 Ponte de Sor 11:26
    Os nossos governantes fazem vista grossa ao maltrato e á pena de morte que as mulheres sofrem. É preciso ir á China para tornar estes casos residuais ? Eu que sou um ignorante, tenho solução para isto. Primeiro, submeter todos os homens a partir dos 15 anos a inspecções á sua mente, de 5 em 5 anos, tal como se faz aos carros. Quem não passasse não poderia viver com uma mulher. Quem as maltratasse seria punido com chicotadas em praça pública, préviamente, anunciadas, no local dos factos. Quem fosse reincidente, seria marcado na testa com uma tatuagem, além das chicotadas. E, para os civilizados, esqueçam a constituição e os direitos humanos, enquanto andarem com estas ladainhas, as nossas mulheres, a quem nós homens muito devemos, vão continuar no corredor da morte e dos maltratos. Haja decoro e eficácia por parte de quem governa.

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