20 ago, 2016 - 16:53
A lei que obriga a utilização do chip nos animais tem vindo a diminuir o número de abandonos. É a Liga Portuguesa dos Direitos dos Animal (LPDA) que o confirma no dia em que se assinala o Dia Internacional do Animal Abandonado.
Em declarações à Renascença, a presidente da LPDA, Maria do Céu Sampaio, refere que isto “não quer dizer que já está tudo bem mas, gradualmente, esta diminuição tem vindo a ser significativa”.
Maria do Céu Sampaio reconhece que “a legislação está muito melhor desde que as pessoas que abandonam e maltratam os animais são punidas”.
A líder da LPDA acrescenta que a castração e esterilização são acções que poderiam contribuir ainda mais para a diminuição do número de animais abandonados. “Não se devem deixar nascer animais que venham a aumentar as filas de abandono”, explica.
Segundo Maria do Céu Sampaio, “as Câmaras Municipais, em vez de investirem na apanha e abate, deviam investir na esterilização de todos os animais”.
A dirigente acredita que, “se todas as Câmaras cumprirem esta regra de esterilização-identificação, daqui por uns anos, o número de abandono é menor”.
“Um animal é para toda a vida”
Em relação aos motivos que levam ao abandono dos animais, Maria do Céu Sampaio realça que “as pessoas pensam que eles não crescem e que não se portam mal, mas os animais são como as crianças, não sabem o que fazem”. E é este – em sua opinião - o principal motivo que, muitas vezes, leva ao abandono.
A presidente da LPDA reforça uma mensagem: “Quando se tem um animal na família é para toda a vida”.
A lei que obriga à identificação electrónica de todos os animais entrou em vigor a 1 de Julho de 2008. Os cães e os gatos devem ser identificados e registados entre os três e os seis meses de idade.