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Filha de juiz que decidiu a favor de colégios não é aluna de nenhum deles

02 ago, 2016 - 14:27

Instituição apontada e tribunais da região Centro garantem que Tiago Lopes Miranda não tem qualquer familiar a frequentar os colégios requerentes das providências cautelares contra o Estado.

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O Centro de Estudos Educativos de Ançã, em Coimbra, desmente que tenha entre os seus alunos a filha do juiz que decidiu a favor dos colégios com contrato de associação.

A decisão do magistrado Tiago Lopes Miranda dizia respeito a dois colégios: o Centro de Estudos Educativos de Ançã e um outro de Cantanhede.

Esta terça-feira, foi divulgado que o Ministério da Educação tinha pedido o afastamento do juiz do processo, por suspeitas de parcialidade – uma posição confirmada à Renascença pelo gabinete de Tiago Brandão Rodrigues: “O Ministério confirma o incidente de suspeição de juiz, baseado no facto de anteriormente o próprio juiz ter intentado um processo contra o ME para que um filho tivesse lugar num colégio com contrato de associação para além do número de turmas contratadas”.

Tal aconteceu em 2012. Tiago Lopes de Miranda protagonizou uma acção contra o Estado, na qual defendia para a filha o direito de frequentar um colégio com contrato de associação e alegava ser ilegal o Ministério limitar o número de turmas.

Conhecida a notícia, o sindicato o Sindicato dos Professores do Centro (SPRC) defendeu que a decisão relativa às duas escolas deveria ser anulada, uma vez que o juiz tem a filha numa das escolas e familiares na outra, e afirmou especificamente que a filha de Tiago Miranda “é aluna do colégio de Ançã”.

Mas o colégio já veio desmentir essa informação, garantindo que não tem a filha do juiz entre os seus alunos.

"Esta escola com contrato de associação, integrante da rede pública de estabelecimentos, desmente categoricamente as notícias veiculadas, hoje, de que o Sr. Juiz Tiago Miranda tem uma filha a estudar neste estabelecimento de ensino e considera lamentável que a mesma tenha sido veiculada sem que confirmada a sua veracidade", lê-se no comunicado enviado à Renascença.

Também os Tribunais Administrativos e Fiscais da região Centro mandaram um esclarecimento à Renascença, no qual deixam claro que "nenhum dos filhos do Sr. Juiz de Direito, Dr. Tiago Afonso frequenta qualquer dos 'Colégios', requerentes nas três providências cautelares".

Essas providências cautelares dizem respeito a três colégios da região Centro e duas já foram deferidas pelo magistrado. Resta saber a decisão sobre a terceira acção judicial.


[Notícia actualizada às 16h15]

Comentários
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  • helena antunes
    05 ago, 2016 lisboa 16:12
    Tanta perda de tempo com estes oportunistas que já viram que têm o resto contra eles. O privado que o pague quem o quiser.
  • José Cunha
    04 ago, 2016 Paredes de Coura 12:25
    Com este gente não vale a pena perder tempo o senhor juiz está a ser massacrado pelas mentiras dos sindicatos e de alguns membros do governo ao mais alto nível. Os sindicatos querem tudo no mesmo saco a comer da comida deles mesmo que a maioria não goste, é a democracia deles e só deles é pena que o ministro embarque nestas aventuras que vai ficar para a história do ensino livre no dito Portugal de Abril.
  • EU
    03 ago, 2016 daqui 18:48
    Então e a notícia da juíza que decidiu a favor do amigo Costa?
  • Ao manuel
    03 ago, 2016 Lx 10:33
    do Porto! Ninguém! A não ser que essa iniciativa privada esteja contra a Lei!...e queira lucrar com o erario publico! Tão simples!
  • manuel
    03 ago, 2016 porto 08:09
    QUEM TEM MEDO DA INICIATIVA PRIVADA,?
  • Pinto
    03 ago, 2016 Custoias 01:24
    Se esse juiz está a mentir deve ser expulso imediatamente......já agora, quem julga os juízes?
  • donamercia
    03 ago, 2016 Braga 00:11
    Querem ver que nem tem filha, aliás hoje é filho e não anda em colégio, vai ao colo e lá dentro vai de cadeirinha de molas .
  • josé
    02 ago, 2016 Coimbra 22:44
    dá-me impressão que um dos comentadores não sabe que os colégios geridos por privados mas que são do ensino público ´(vulgo colégios com contratos de associação) recebem alunos de todas as classes sociais. Era bom que todas as pessoas soubessem que esses colégios têm de receber todos os alunos, como nas escolas geridas pelo Estado. já não falando nos custos - dizer que o Estado transferiu para os colégios determinado valor e não dizer a totalidade do que foi gasto nas escolas geridas pelo Estado, não informa ninguém.
  • Querem ver
    02 ago, 2016 lis 22:36
    Que nem tem filha!...
  • Bernardo Almeida
    02 ago, 2016 Brighton 22:22
    Que pai's de bandidos, aldraboes, mentiroros, corruptos... Esta' na hora de acabar com esta corja nojenta que anda a destruir Portugal. Esta imoralidade tem de acabar. . Em resposta ao senhor Marcos Andre', gostava de o informar que e' obvio q ha' alunos carenciados e de classe media nas colegios com contracto de associacao e eu conheco alguns.

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