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Adesão da Ucrânia à UE. Rangel diz que é "populista" discurso que sugere prejuízo para Portugal

25 jun, 2024 - 10:15 • André Rodrigues , Hugo Monteiro , Olímpia Mairos

O ministro dos Negócios Estrangeiros rebate também a ideia de que o início do processo de adesão da Ucrânia e da Moldova represente um aumento do risco para a segurança da União Europeia.

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Uma futura adesão da Ucrânia e da Moldova à União Europeia (UE) não irá representar, necessariamente, uma redução dos fundos europeus para Portugal.

A convicção é expressa à Renascença pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, neste dia em que arranca formalmente o processo de adesão dos dois países.

Paulo Rangel classifica de populista o discurso que sugere que Portugal irá ser afetado, sublinhando que o alargamento obriga a uma reforma da União.

“Isto implica uma reforma financeira e uma reforma institucional da União, como é evidente, e isso nós devemos já começar a trabalhar até porque o próximo Conselho Europeu, que será o quinta e sexta, irá justamente reforçar esse ponto da necessidade de começar a trabalhar na reforma institucional e financeira”, explica.

Segundo Rangel, a ideia de que Portugal vai ser afetado “é uma ideia populista e que infelizmente foi muito disseminada, até por quem tinha a obrigação não a disseminar”.

“Nós vamos ter um novo quadro com certeza com os novos Estados, mas também vamos ter muitas novas oportunidades e, portanto, sinceramente, sempre que a União Europeia cresceu, a União Europeia teve oportunidade de enriquecer”, vinca.

Nestas declarações à Renascença, Paulo Rangel recusa também a ideia de que o início do processo de adesão dos dois países represente um aumento do risco para a segurança da União Europeia.

“Não há razão nenhuma para julgar que, sob esse ponto de vista, as ameaças que nós vivemos ganham algum agravamento”, diz, destacando que as ameaças “são já graves por si, mas não é pela circunstância de a Ucrânia e a Moldova se tornarem países em negociação formal com a União Europeia para uma futura adesão que esse grau de ameaça vai piorar ou vai ter um agravamento”.

Esta terça-feira, realiza-se a primeira conferência intergovernamental com a Ucrânia e a Moldova para dar início formal ao processo de adesão. A conferência foi convocada pela presidência belga da União Europeia e dá início a um processo que pode demorar vários anos até que a adesão seja uma realidade.

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