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Guerra Israel-Hamas

Netanyahu discursa "em breve" no parlamento dos EUA

24 mai, 2024 - 07:15 • Lusa

A perspetiva de uma intervenção de Netanyahu no Congresso dividiu os legisladores democratas, com o líder da maioria democrata no Senado (a câmara alta), Chuck Schumer, a dizer que representa um uso eleitoral da crise em Israel por parte dos republicanos.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, vai discursar no parlamento dos EUA "em breve", anunciou Mike Johnson, o líder republicano da Câmara dos Representantes, a câmara baixa do Congresso.

"Em breve receberemos o primeiro-ministro Netanyahu no Capitólio para uma sessão conjunta do Congresso", declarou Johnson, na noite de quinta-feira, durante uma receção na Embaixada de Israel em Washington.

"Acho que esta será uma demonstração oportuna e muito forte de apoio ao Governo israelita no seu momento de maior necessidade", disse o republicano, num discurso a propósito do Dia Nacional de Israel.

O convite feito pelo Partido Republicano a Netanyahu foi descrito por Bernie Sanders como "uma ideia terrível", com o senador independente de esquerda a garantir à televisão CNN que iria boicotar um discurso do chefe do Governo israelita.

A perspetiva de uma intervenção de Netanyahu no Congresso dividiu os legisladores democratas, com o líder da maioria democrata no Senado (a câmara alta), Chuck Schumer, a dizer que representa um uso eleitoral da crise em Israel por parte dos republicanos.

As tensões entre Netanyahu e o Presidente dos EUA, Joe Biden, sobre a guerra de Gaza têm aumentado, especialmente devido ao elevado número de vítimas civis, as dificuldades de garantir o acesso à ajuda humanitária e o fornecimento a Israel de armas pesadas.

No entanto, a administração dos EUA opôs-se ao pedido do procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, para emitir um mandado de detenção contra Netanyahu e vários líderes do Hamas devido a crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Na quinta-feira, Biden reiterou que não reconhece a jurisdição do TPI e rejeitou qualquer comparação entre o ataque do grupo islamita palestiniano Hamas contra solo israelita a 07 de outubro e a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

Washington também se distanciou da decisão de Espanha, Noruega e Irlanda de reconhecerem unilateralmente o Estado da Palestina e apelou a que esse reconhecimento seja negociado com Israel.

Analistas consideram que a imagem de Biden tem sofrido, junto do eleitorado progressista e jovem, com o contínuo apoio a Netanyahu, enquanto as críticas à ofensiva israelita não têm agradado aos eleitores mais conservadores.

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  • JM
    24 mai, 2024 Seixal 15:05
    Podia aproveitar para quantificar o número de "crianças e mulheres do Hamas" que o seu exercito já matou.

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