16 mai, 2024 - 06:12 • Lusa
Esta será a primeira viagem de Vladimir Putin ao estrangeiro desde a sua reeleição em março e o quarto encontro com o homólogo chinês, Xi Jinping, desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Durante os dois dias da visita, os dois líderes irão trocar pontos de vista “sobre as relações bilaterais, a cooperação em vários domínios e as questões internacionais e regionais de interesse comum", declarou a diplomacia chinesa, na antevisão da deslocação de Putin.
Por seu lado, o Kremlin (presidência) afirmou que Vladimir Putin e Xi Jinping vão discutir "a parceria abrangente e a cooperação estratégica" entre Moscovo e Pequim, mas também "definir áreas-chave para o desenvolvimento da cooperação sino-russa”.
Muitos especialistas internacionais argumentam que a Rússia está cada vez mais dependente da China, que se tornou um parceiro económico crucial face às inúmeras sanções ocidentais impostas em resposta à ofensiva militar na Ucrânia.
Na antecipação da visita de Putin, as agências internacionais destacaram que a China continua a exportar máquinas, componentes e outros produtos que contribuem para o esforço de guerra russo na Ucrânia, mas sem envolver o fornecimento direto de armamento a Moscovo.
Apresentando-se como um interlocutor neutro em relação ao conflito na Ucrânia, Pequim tem declarado, porém, que mantém uma relação “sem limites” com a Rússia, em oposição ao Ocidente.
O presidente chinês, Xi Jinping, recebeu o homólogo russo, Vladimir Putin, no Grande Palácio do Povo, em Pequim, junto à Praça Tiananmen.
Putin foi recebido com guarda de honra, salvas de canhão e o hino dos dois países tocado por uma banda militar. Os dois líderes passaram em revista a guarda de honra antes de iniciarem o encontro à porta fechada, segundo imagens transmitidas em direto pela televisão estatal chinesa CGTN.
Pequim tornou-se o maior mercado para o petróleo e gás russos e uma importante fonte de importações, incluindo bens de dupla utilização civil e militar, que mantêm a máquina militar russa operacional, apesar de a China ter banido a venda de armamento ao país vizinho.
Nos últimos meses, a secretária do Tesouro e o secretário de Estado norte-americanos, Janet Yellen e Antony Blinken, visitaram a China e advertiram os dirigentes e instituições financeiras chinesas para a imposição de sanções contra todos os bancos que facilitarem pagamentos à máquina de guerra russa.