01 mar, 2024 - 15:50 • Redação
Mais de 30 jornais e agências de notícias internacionais assinaram uma carta aberta de protesto contra a falta de proteção, segurança e liberdade dos jornalistas na Faixa de Gaza.
A carta é uma iniciativa do Comité de Proteção aos Jornalistas (CPJ) e tem a assinatura de agências de todo o mundo, como a AFP, AP e Reuters, e órgãos de comunicação social, como The Guardian, New York Times, BBC News ou Israel’s Haaretz.
“Durante quase cinco meses, jornalistas e trabalhadores dos meios de comunicação social em Gaza - na esmagadora maioria, a única fonte de informação no terreno a partir do território palestiniano - têm trabalhado em condições sem precedentes”, pode ler-se na carta.
A missiva refere que, pelo menos, 89 jornalistas já foram mortos na Faixa de Gaza, durante a guerra Israel-Hamas, que foi classificado como “o conflito mais mortífero para os jornalistas alguma vez documentado pelo CPJ”.
O protesto defende também que “os jornalistas são civis e as autoridades israelitas devem proteger os jornalistas como não-combatentes, de acordo com a lei internacional.”
"Os responsáveis por quaisquer violações desta proteção de longa data devem ser responsabilizados", reitera a carta aberta.
Para o CPJ e todos os media que assinaram a carta, o que está em causa é a “liberdade de imprensa” e é necessário “expressar solidariedade” para com todos os jornalistas que “continuam a reportar apesar do grave risco pessoal”.
Segundo o The Guardian, o responsável pelo Comité, Jodie Ginsberg, afirmou que assinaturas de mais organizações são bem-vindas.
Mais de 30 mil pessoas morreram na Faixa de Gaza desde o início do conflito, a 7 de outubro de 2023, de acordo dados atualizados esta quinta-feira pelo Ministério da Saúde palestiniano, controlado pelo Hamas.