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Conselho Europeu termina sem acordo sobre orçamento e apoio à Ucrânia

15 dez, 2023 - 04:49 • Lusa

Está previsto que os líderes da UE se voltem a reunir numa cimeira extraordinária para discutir esta matéria orçamental, a ser realizada em janeiro ou em fevereiro do próximo ano, adiantaram as mesmas fontes europeias.

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O primeiro dia do Conselho Europeu terminou em Bruxelas sem acordo sobre a revisão do orçamento da UE a longo prazo, que inclui apoio financeiro à Ucrânia, estando marcada nova cimeira para o início de 2024.

Após um dia de intensas negociações, que começaram pelas 9h00 de quinta-feira e terminaram pela 1h30 desta sexta-feira, os chefes de Governo e de Estado da UE não chegaram a acordo sobre a revisão do Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2024-2027 e a reserva financeira de 50 mil milhões de euros de apoio à reconstrução e modernização da Ucrânia, indicaram fontes europeias à agência Lusa.

As mesmas fontes comunitárias assinalaram que chegou a estar em cima da mesa uma proposta portuguesa de avançar apenas a 26 Estados-membros (distribuindo os encargos por estes), no âmbito do quadro de negociação que foi afinado esta noite, dado o bloqueio da Hungria, mas não havia base jurídica que o suportasse.

Assim sendo, está previsto que os líderes da UE se voltem a reunir numa cimeira extraordinária para discutir esta matéria orçamental, a ser realizada em janeiro ou em fevereiro do próximo ano, adiantaram as mesmas fontes europeias.

Outras fontes comunitárias precisaram que a mais recente versão do quadro de negociação "foi objeto de um forte apoio por parte de 26 Estados-membros, mas a Hungria repetiu claramente que não vai autorizar novas verbas para a Ucrânia, nem o pagamento de juros do Fundo de Recuperação da UE".

Por essa razão, optou-se por adiar a discussão para início de 2024 para "dar a melhor oportunidade a um resultado positivo" e mais tempo ao Conselho Europeu "para continuar a negociar", concluíram.

O segundo dia do Conselho Europeu arranca já com outras discussões, como sobre a posição europeia sobre o conflito no Médio Oriente.

Comentários
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  • Jose Fonseca
    15 dez, 2023 Maia 13:21
    Agora a UE quer impor uma ditadura e obrigar os estados membros a pagar a conta. Afinal quem é que não quer cumprir com o estado de direito? Estes "ditadores" de meia tigela, quando não lhes corre bem, pensam logo em mudar as regras da democracia até obrigarem todos a alinhar com as suas ideias. É evidente que isso não vai ser possível porque mesmo para mudar essas leis é preciso unanimidade.
  • Cidadao
    15 dez, 2023 Lisboa 08:58
    Enquanto não desaparecer esse estropício de unanimidade, a UE está à mercê de Países chantagistas ao serviço dos inimigos, como a Hungria. E não percebo porque foi possível em tempos aplicar o plano B - serem dadas garantias País a país, excluindo os chantagistas - e agora, na mesma situação, não foi. Van der Leyen tem 2 coisas a fazer: urgente revisão dos regulamentos que atire com a regra da unanimidade para o caixote do lixo, e aprovar legislação que facilite a expulsão de membros que comendo à nossa mesa, jogam pela "equipa adversária".

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