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Guerra Israel-Hamas

Amnistia Internacional. Ajuda humanitária em Gaza não deve ser instrumentalizada

21 out, 2023 - 10:39 • Isabel Pacheco , João Pedro Quesado

O diretor da organização em Portugal considera positiva a entrada de 20 camiões com ajuda para a Faixa de Gaza, mas ressalva que esta tem que chegar "em segurança" aos civis.

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A Amnistia Internacional pede atenção à instrumentalização da ajuda humanitária. Em declarações à Renascença, o diretor da secção portuguesa descreveu a entrada de 20 camiões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza como um sinal positivo.

Pedro Neto considera "muito importante" que "as narrativas de ambas as partes do conflito não instrumentalizem a ajuda humanitária", e que esta chegue "em segurança aos civis, que tanto dela necessitam".

"Não estou a dizer isto por reação aos comentários de um lado e de outro sobre a ajuda humanitária que vai para terroristas. Estou a dizer porque é o normal, sempre que há corredores humanitários, tem que haver segurança nos trajetos e segurança para quem está a fazer o transporte desses bens", acrescentou o diretor da Amnistia Internacional em Portugal.

Ao início deste sábado, a fronteira de Rafah abriu momentaneamente, permitindo a entrada de 20 camiões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Pedro Neto espera que a Cimeira do Cairo, que reúne este sábado vários líderes da região, possa ser um primeiro passo para um dialogo mais alargado em busca da paz na região.

"O secretário Blinken fez um périplo por vários Estados árabes e, portanto, os canais de diálogos estão abertos desse lado", explicou o responsável. "Eu tenho a esperança, temos que a ter, que isto possa ser um primeiro passo para um diálogo maior, para que depois chegamos de facto uma resolução que proteja os civis de forma absoluta", acrescentou.

O encontro na capital egípcia, promovido pelo Presidente do Egito, junta representantes de vários países, entre eles Mahmmoud Abbas, o presidente da Autoridade Palestiniana, o representante diplomático da União Europeia, Josep Borrell e António Guterres, o secretário-geral das Nações Unidas.

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