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Guerra no Médio Oriente

Israel anuncia Governo de unidade nacional de emergência e cria gabinete de guerra

11 out, 2023 - 15:16 • Redação

Executivo será formado por Netanyahu, o principal líder da oposição, Benny Gantz, e o atual ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o principal líder da oposição, Benny Gantz, chegaram esta quarta-feira a acordo para formar um Governo de unidade nacional de emergência, na sequência da guerra contra o Hamas.

Em comunicado conjunto citado por agências internacionais, Netanyahu e Gantz, ex-ministro da Defesa, informam que o executivo contempla a criação de um gabinete de guerra, que será composto por ambos e pelo atual ministro da Defesa, Yoav Gallant.

Este Governo de unidade nacional, é adiantado no mesmo comunicado, não vai promover quaisquer políticas ou projetos-lei não relacionados com a luta contra o grupo de militantes palestinianos, que no sábado lançou uma ofensiva por ar, terra e mar contra território israelita.

Ainda não é claro o que vai acontecer aos atuais parceiros da coligação liderada por Netanyahu, que integra partidos de extrema-direita e ultraortodoxos. Citado pelo NYT, um porta-voz do Likud (partido de Netanyahu) disse que as decisões do novo gabinete de guerra serão tomadas pela "equipa de segurança" que já existia na coligação do Governo, que inclui ministros de extrema-direita como Itamar-Ben Gvir.

Segundo o comunicado, sob o acordo hoje alcançado, o partido de centro-direita de Gantz tem quatro dos 14 votos no gabinete de guerra.

A notícia surge num momento em que Israel está a intensificar os bombardeamentos à Faixa de Gaza, enclave palestiniano sob controlo do Hamas e sob bloqueio económico do Estado hebraico desde 2007.

Nos ataques de retaliação, as forças israelitas atingiram hoje equipas de resgate e salvamento que tentavam retirar pessoas dos escombros deixados por anteriores bombardeamentos. Há também relatos de que Israel está a atingir locais tradicionalmente considerados seguros, como escolas, hospitais e mesquitas.

As autoridades em Gaza dizem que a única central elétrica ainda em funcionamento está prestes a ficar sem combustível, o que vai limitar ainda mais as capacidades dos hospitais para acolher e tratar feridos, nomeadamente do Hospital al-Shifa, o maior do território.

O Ministério da Saúde de Israel diz que os ataques do Hamas por terra e através do lançamento de rockets já fizeram pelo menos 1.200 mortos, entre soldados e civis. Em Gaza, o balanço subiu esta manhã para 1.055 mortos.

O Estado hebraico estará entretanto a preparar-se para lançar uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, que se encontra sob cerco total de Israel e também do Egito desde domingo.

A intenção de passar dos ataques aéreos para uma invasão foi manifestada ontem, após as autoridades israelitas terem dado como recapturadas todas as localidades perto do enclave palestiniano que tinham sido infiltradas por militantes do Hamas.

Na terça-feira, em entrevista a uma televisão local, o ministro israelita da Defesa confirmou que a ofensiva terrestre vai avançar algures no tempo. "Tudo o que existia em Gaza deixará de existir", disse Gallant.

[atualizado às 16h24]

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