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Parlamento da Turquia aprovará Suécia na NATO "se EUA cumprirem promessas"

26 set, 2023 - 15:22 • Lusa

Questionado sobre se estava a referir-se à venda de caças F-16 à Turquia, um negócio bloqueado há anos pelo Congresso norte-americano, Erdogan escusou-se a responder diretamente à questão.

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O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, advertiu esta terça-feira que o Parlamento turco, que se reunirá na próxima semana, só aprovará a entrada da Suécia na NATO se os Estados Unidos da América (EUA) "cumprirem as suas promessas".

"O nosso ministro dos Negócios Estrangeiros, Hakan Fidan, discutiu a questão várias vezes com o homólogo norte-americano, Antony Blinken. Espero que, se eles [EUA] cumprirem a sua palavra, o nosso parlamento também cumprirá a sua", disse o chefe de Estado turco.

Questionado sobre se estava a referir-se à venda de caças F-16 à Turquia, um negócio bloqueado há anos pelo Congresso norte-americano, Erdogan escusou-se a responder diretamente à questão, referindo apenas que "tanto a Suécia como o Canadá e os Estados Unidos relacionam as duas questões".

"Dizemos: 'se vocês têm um Congresso, nós temos um parlamento e não o podemos deixar de lado'. Temos uma coligação de partidos e trabalhamos para a unidade, mas a decisão sobre a adesão da Suécia à NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] será tomada pelo parlamento", reiterou.

O partido fundado e liderado por Erdogan, o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, islâmico conservador), dispõe de uma maioria absoluta no parlamento graças à coligação com o ultranacionalista MHP, que sempre votou em bloco a favor das propostas do parceiro desde que assinou a aliança em 2015.

Erdogan fez estas declarações na segunda-feira à noite a um grupo de jornalistas a bordo do avião no regresso de uma visita oficial ao Azerbaijão, mas só hoje foram publicadas pela imprensa turca.

No passado, e a propósito da adesão de Estocolmo à NATO, o Presidente turco impôs várias condicionantes, nomeadamente insistiu que a Suécia deveria limitar as expressões públicas de apoio à guerrilha curda, extraditar pessoas procuradas na Turquia e, mais recentemente, travar os atos de queima do livro sagrado do Islão, o Corão.

No entanto, tem recusado ligar a venda dos caças norte-americanos F-16 à questão sueca.

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  • Cidadao
    26 set, 2023 Lisboa 15:09
    O que é preciso é o mais rapidamente possível acabar com essa absurda regra da "unanimidade" que permite a chantagistas como a Turquia e a Hungria, 2 países a "mamar" do Ocidente e da Nato mas que são, um mais que outro, todos pelo Putin e pela Rússia, condicionarem mediante chantagem pura, a entrada de novos membros. Ou então fazer cessar todos os apoios a esses países chantagistas. É que a chantagem tem 2 gumes ...

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