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Guerra na Ucrânia

Exército da Ucrânia reclama avanços na frente de Bakhmut

29 jun, 2023 - 14:09 • Lusa

"Só no último dia houve 40 combates, e como resultado 190 ocupantes morreram, 244 ficaram feridos e outros 15 foram capturados", assegura porta-voz das Forças Armadas.

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O porta-voz das forças armadas ucranianas no leste do país, Serhii Cherevaty, afirmou esta quinta-feira que as forças russas estão exaustas e foram massacradas na cidade de Bakhmut nas últimas horas.

"Só no último dia houve 40 combates, e como resultado 190 ocupantes morreram, 244 ficaram feridos e outros 15 foram capturados", disse Cherevaty ao serviço noticioso de televisão nacional.

O porta-voz também mencionou a destruição de três tanques e cinco depósitos de munição russos na área.

"Isso indica que a nossa operação continua com sucesso", disse Cherevaty, acrescentando que o grupo mercenário russo Wagner, que liderou os ataques russos a Bakhmut, no leste do país e cenário da mais longa batalha na Ucrânia, "não cumpriu nenhum dos seus prazos".

Segundo o porta-voz, que destacou a baixa motivação das tropas russas, a campanha de Moscovo na cidade está a ser afetada pela substituição dos mercenários de Wagner por unidades do exército regular russo com pouca vontade de combater.

Cherevaty também disse que as forças ucranianas empurraram as forças russas para trás a uma distância estimada entre 250 metros e um quilómetro e meio.

Horas antes, a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Malyar, afirmara que as tropas ucranianas haviam forçado o recuo dos russos em dois na área de Bakhmut.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que esta sexta-feira entrou no seu 441.º dia, 8.791 civis mortos e 14.815 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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