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Macron anuncia investimento para produção de baterias elétricas

13 mai, 2023 - 00:42 • Lusa

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O presidente francês, Emmanuel Macron, apresentou esta sexta-feira dois investimentos industriais no valor total de 6.700 milhões de euros para a produção de baterias elétricas para veículos no porto de Dunquerque (norte), que se traduzirá na criação de 4.700 empregos diretos.

O primeiro projeto, que ficará a cargo da empresa taiwanesa ProLogium, prevê a construção de "uma enorme fábrica de baterias", com um investimento previsto de 5.200 milhões de euros e que terá 3.000 funcionários, explicou Macron durante uma visita a esta cidade vizinha no norte do país, próxima da fronteira belga.

Prevê-se que a fábrica ProLogium entre em funcionamento em 2026 e terá uma capacidade de produção de 48 gigawatts-hora (GWh), o que equivale às baterias necessárias para equipar entre 500.000 e 700.000 carros elétricos por ano.

É a quarta fábrica de gigabaterias anunciada para construção em França.

Se totalmente concretizada, o país terá uma capacidade de produção de mais de 170 GWh no início da próxima década, o suficiente para abastecer cerca de 3,4 milhões de veículos por ano.

O presidente informou ainda sobre um segundo projeto da empresa chinesa XTC com a francesa Orano, para a construção de uma fábrica com 1.700 trabalhadores para produzir cátodos para baterias de lítio.

Estes investimentos somam-se a outros já conhecidos, que deverão permitir a criação de 16 mil empregos industriais em Dunkerque e naquela região entre 2022 e 2030.

Macron disse que para acelerar o ritmo de implementações industriais, na terça-feira da próxima semana o ministro da Economia e Finanças francês, Bruno Le Maire, irá apresentar um projeto de lei da "indústria verde".

Um dos objetivos deste texto é agilizar os trâmites, de modo a "garantir que todas as autorizações sejam dadas a um projeto em nove meses" e até em menos tempo se for de interesse nacional.

O Chefe de Estado francês também prometeu dar mais coerência aos programas de ajuda francês e europeu para favorecer a produção local em vez de importações de fora da UE.

"Vamos colocar a nossa ajuda e os nossos prémios nas produções europeias", afirmou, depois de afirmar que não se trata de protecionismo, mas sim de favorecer a indústria europeia, que é a que tem as normas ambientais mais rígidas.

Por outro lado, Macron assinalou algumas declarações de ontem que geraram polémica, pedindo "uma pausa regulatória europeia" em relação às medidas ambientais.

Hoje em Dunquerque, sublinhou que se trata de dar estabilidade às empresas e também de exigir "reciprocidade" nas trocas comerciais, para que os produtos que entram na União Europeia (EU) sejam submetidos a normas equivalentes em termos ambientais.

O seu gabinete afirmou que a "pausa" a que se refere Macron não se trata de estabelecer qualquer moratória ou anular os regulamentos em vigor ou os que estão a ser discutidos, ou seja, que França apoia o "Green Deal" para que a UE cumpra os objetivos climáticos, que, como lembrou o Eliseu, são "os mais ambiciosos do mundo".

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