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Trump deixa tribunal após declarar-se inocente de 34 acusações

04 abr, 2023 - 22:39 • Redação, com Lusa

Ex-presidente esteve detido durante várias horas para conhecer as acusações e tirar as impressões digitais.

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Foto: Justin Lane/EPA
Foto: Justin Lane/EPA

O ex-presidente norte-americano Donald Trump deixou o tribunal criminal de Manhattan após uma comparência histórica em tribunal, na qual se declarou perante um juiz inocente de 34 acusações.

A alegação de inocência foi feita durante a breve sessão no tribunal nova-iorquino, de cerca de 40 minutos, onde os procuradores revelaram a acusação do grande júri visando o ex-presidente e empresário.

No total, Trump enfrenta 34 acusações de falsificação de registos comerciais, de acordo com diversos órgãos de comunicação social.

A acusação também indica outros pagamentos para silenciar outros casos comprometedores, entre os quais um a envolver uma antiga modelo da Playboy e outra um porteiro.

O que está em causa no caso Stormy Daniels?

A acusação acontece na sequência de uma investigação judicial à suspeita de que teria realizado, em 2016, um pagamento não declarado de 130 mil dólares à atriz pornográfica Stormy Daniels . O objetivo era silenciar um alegado relacionamento extraconjugal que terá ocorrido em 2006.

O pagamento à atriz foi alegadamente dissimulado como honorários a Michael Cohen, ex-advogado de Donald Trump.

Há cinco anos, Michael Cohen, foi condenado por evasão fiscal e violação da lei federal de financiamento da campanha eleitoral (presidenciais de 2016) relacionados com o pagamento a Daniels.

No processo em questão, os investigadores acusaram Cohen de ter agido por ordem de Donald Trump, que reembolsou o advogado através de pagamentos em cheque (quando já era presidente). Documentos do tribunal, no caso federal de Cohen, referiam que a Organização Trump descreveu falsamente os pagamentos como despesas legais.

Em suma, Donald Trump não será acusado pelo pagamento em si, mas porque, segundo o procurador, terá falsificado as contas da empresa para registar o pagamento em questão como honorários. Assim, neste caso, os procuradores sustentam que o reembolso violou a lei estatal.

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