27 mar, 2023 - 07:36 • Olímpia Mairos
A Alemanha pode viver esta segunda-feira umas das maiores greves de sempre com fortes constrangimentos sobretudo no setor dos transportes.
A paralisação foi convocada por dois dos maiores sindicatos alemães que esperam uma adesão de mais de 350 mil pessoas em todo o país.
Já o operador ferroviário nacional Deutsche Bahn condenou a greve e exigiu que os sindicatos voltassem à mesa das negociações.
Os trabalhadores dos aeroportos, zonas portuárias, também dos comboios e dos autocarros pedem aumentos salariais até aos 12% para enfrentar a inflação, um fenómeno que o país não conhecia há muitas décadas e que sempre tentou evitar.
O sindicato Verdi, que representa cerca de 2,5 milhões de trabalhadores do sector público, incluindo dos transportes públicos e aeroportos exige um aumento salarial de 10,5%, que faria os salários aumentarem pelo menos 500 euros por mês.
Já o sindicato ferroviário e de transportes EVG, que representa cerca de 230.000 empregados da Deutsche Bahn e de empresas de autocarros, pede um aumento de 12% ou, pelo menos, mais 650 euros por mês.
Os efeitos da greve começaram a ser sentidos nas últimas horas de domingo, com vários voos cancelados no aeroporto de Munique.
O tráfego aéreo foi mesmo suspenso devido à greve nacional desta segunda-feira que deve cancelar mais de mil voos e deixar a Alemanha a meio gás com praticamente todos os trabalhadores dos transportes públicos em greve, incluindo aeroportos, comboios, portos, fronteiras e até os trabalhadores das rodovias.