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Guerra na Ucrânia

Rússia acusa NATO de participar diretamente na guerra

27 mar, 2023 - 12:16 • Lusa

“Ao tentar prolongar ao máximo este confronto bélico, não escondem o seu objetivo principal, que é derrotar a Rússia no campo de batalha e depois desintegrá-la”, acusa Conselho de Segurança russo.

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O secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolái Pátrushev, acusou esta segunda-feira a NATO de participar diretamente no conflito na Ucrânia ao fornecer armas ao país e informação com o objetivo de vencer a Rússia no campo de batalha.

“Na verdade, os países da NATO fazem parte do conflito. Eles transformaram a Ucrânia num enorme campo militar. Enviam armas e munições às tropas ucranianas, fornecem informações, inclusive de satélites e drones”, disse o secretário do Conselho de Segurança ao jornal Russian Rossiiskaya Gazeta.

Pátrushev adiantou que a NATO está a preparar os militares ucranianos, destacando igualmente que na linha da frente “estão mercenários dos países que lutam ao lado das Forças Armadas” ucranianas.

“Ao tentar prolongar ao máximo este confronto bélico, não escondem o seu objetivo principal, que é derrotar a Rússia no campo de batalha e depois desintegrá-la”, acrescentou.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Desde o início da guerra, já morrerem mais de 8.300 civis, segundo dados da ONU, que alerta para o facto de os números estarem muito aquém dos reais.

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  • Cidadao
    27 mar, 2023 Lisboa 11:27
    Ricos, se a NATO estivesse envolvida diretamente na guerra, esta estaria já acabada, com a destruição das forças russas no território ucraniano, o afundamento da esquadra russa no Mar Negro, e uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia em que tudo o que viesse a voar da Rússia ou de Países fantoches por ela controlados, iam ao tapete, fossem misseis, drones, aviões ou helicópteros. A Rússia está em guerra há mais de 1 ano com a Ucrânia e pouco avançou para lá da fronteira ucraniana. Que seria dela, num confronto convencional com a NATO, que tem superioridade militar em efetivos e material?

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