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UE propõe destinar mil milhões para fornecer munições “com urgência” a Kiev

02 mar, 2023 - 04:22 • Lusa

O tema estará em discussão nos dias 07 e 08 de março, quando os ministros da Defesa da UE terão uma reunião informal em Estocolmo, capital da Suécia.

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Os Estados-membros da União Europeia (UE) foram instados a destinar 1.000 milhões de euros em março, para honrar o compromisso de fornecer “com caráter de urgência” as munições solicitadas pelas Forças Armadas ucranianas, revelaram fontes diplomáticas.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, recomenda, num documento consultado pela agência AFP, que se destinem mil milhões de euros da dotação do Fundo Europeu de Apoio à Paz, para a compra de projéteis de 155 mm utilizados pela artilharia ucraniana.

Em 07 e 08 de março, os ministros da Defesa da UE terão uma reunião informal em Estocolmo, capital da Suécia.

Uma porta-voz do Serviço Europeu de Ação Externa referiu à agência Efe que as discussões sobre a compra conjunta de armas estão em andamento e que Borrell discutirá propostas concretas com os ministros da Defesa dos 27 em 07 e 08 de março.

O Fundo Europeu de Apoio à Paz, um fundo intergovernamental fora do orçamento da UE, permitiu financiar parte das armas que os Estados-membros estão a conceder à Ucrânia para se defender da invasão russa.

O dinheiro é usado para reembolsar os estados por fornecerem à Ucrânia armas e munições das suas reservas.

Na sua proposta, Josep Borrell sugere conceder "uma taxa de reembolso favorável, até 90%, se a munição for entregue antes de uma determinada data".

O orçamento deste fundo é complementado por contribuições dos estados com base no seu Produto Interno Bruto (PIB), sendo que os três principais contribuintes são a Alemanha, França e Itália. Três países - Áustria, Irlanda e Malta - não contribuem para o financiamento do fornecimento de armas letais e as suas contribuições são cobertas pelos outros 24 Estados-membros da UE.

A porta-voz da comunidade reconheceu que o trabalho deve ser feito "rapidamente" e que a UE tem "instrumentos e estruturas sobre as quais construir", embora não tenha fornecido detalhes sobre as discussões em andamento.

Mas reconheceu que, "para corresponder às necessidades urgentes", o Fundo Europeu de Apoio à Paz pode ser utilizado "para intensificar a entrega de munições a curto prazo".

A mesma fonte acrescentou que também é necessário olhar para compras conjuntas a nível europeu para reabastecer as reservas dos Estados-membros e manter o apoio a Kiev.

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