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Eurodeputado em Kiev

Paulo Rangel "surpreendido e emocionado" com o esforço de reconstrução da Ucrânia

28 fev, 2023 - 09:25 • André Rodrigues

No balanço de uma visita de dois dias à Ucrânia - com passagens por Bucha, Irpin e Kiev - o eurodeputado social-democrata elogiou o que diz ser a resistência dos ucranianos que já preparam o futuro a pensar na paz. Sobre a visita do presidente bielorusso à China, Rangel denuncia as "ambiguidades" de Pequim: "não é um parceiro confiável", avisa.

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O eurodeputado Paulo Rangel diz-se “surpreendido” e “emocionado” com o esforço de reconstrução da Ucrânia.

“Eles dizem que estão a reconstruir algumas coisas que sabem que vão voltar a ser destruídas, mas não podem deixar de o fazer, para mostrar esta resistência e criar condições aceitáveis de qualidade de vida e de transporte”, tendo em conta que “muitas pontes e estradas ficaram muito destruídas”, diz Rangel à Renascença a partir de Kiev, no balanço de uma visita de dois dias à Ucrânia.

Numa altura em que, no leste do país, as forças russas apertam o cerco à cidade estratégica de Bakhmut, Paulo Rangel saúda a forma como os ucranianos já se preparam para a paz, que não se sabe quando há de chegar: “É a melhor forma de levantar o moral” de um país que, há um ano, “conduz uma guerra, depois de uma invasão bárbara e agressiva que continua em curso”.

Lukashenko em Pequim? China “não é confiável”

Noutro plano, Paulo Rangel denuncia o que diz ser a “ambiguidade” da China que, enquanto acena com um plano de paz para a Ucrânia, recebe o presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, aliado de Putin desde a primeira hora.

“Quando, esta semana, a China apresentou o seu plano para a paz para a Ucrânia, o Presidente Zelensky reagiu de uma forma muito diferente de Washington, Berlim e Bruxelas, que foram muito críticos e até muito duros”, constata Rangel.

“Esta visita de Lukashenko a Pequim, na minha opinião, vai reforçar a reação à iniciativa chinesa. Ou seja, de que a China está a jogar em dois tabuleiros e, por isso, não é um parceiro credível nem confiável para ser mediador e não é credível e confiável a ideia de que não está a apoiar a Federação Russa para manter o Ocidente ocupado com a questão da guerra desencadeada pela Rússia”, conclui.

Comentários
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  • Maria
    28 fev, 2023 Palmela 11:50
    Mas nao concordo que um ladrao venha a portugal no 25 abril e muito menos discursar! Ai a embirrante deve estar de acordo!

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