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"Irresponsável". EUA dececionados com saída da Rússia do NEW START

21 fev, 2023 - 14:17 • Lusa

O secretário de Estado norte-americano referiu "continuar pronto" para discutir com a Rússia a qualquer momento a limitação de armas estratégicas

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O chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América (EUA), Antony Blinken, descreveu esta terça-feira como "muito dececionante e irresponsável" a decisão da Rússia de suspender a sua participação no acordo New START, sobre armas nucleares.

"O anúncio da Rússia de que suspendeu a sua participação no New START é muito dececionante e irresponsável", afirmou aos jornalistas na Embaixada dos EUA em Atenas, na Grécia.

Contudo, o secretário de Estado norte-americano referiu "continuar pronto" para discutir com a Rússia a qualquer momento a limitação de armas estratégicas, independentemente de qualquer coisa que aconteça no mundo ou nas suas relações.

"Continuaremos atentos para ver o que a Rússia está realmente a fazer", garantiu Antony Blinken.

O Presidente russo declarou hoje que Moscovo suspendeu a sua participação no tratado New START, o último pacto de controlo de armas nucleares que restava com os Estados Unidos, aumentando a tensão com Washington no âmbito da invasão da Ucrânia.

Falando no seu discurso sobre o estado da nação, Vladimir Putin disse também que a Rússia deveria estar pronta a retomar os testes de armas nucleares se os Estados Unidos o fizessem, uma medida que poria fim à proibição global destes testes, em vigor desde os tempos da Guerra Fria.

Explicando a sua decisão de suspender as obrigações da Rússia no âmbito do New START, Putin acusou os Estados Unidos e os seus parceiros da Aliança do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) de declararem abertamente o objetivo da derrota da Rússia na Ucrânia.

O tratado, assinado em 2010 pelo Presidente Barack Obama e o Presidente russo Dmitri Medvedev, impõe a cada país um limite de arsenal de 1.550 ogivas nucleares e de 700 mísseis e bombardeiros. O acordo prevê inspeções em locais definidos para comprovar o seu cumprimento.

Poucos dias antes de o tratado expirar, em fevereiro de 2021, a Rússia e os Estados Unidos concordaram em prorrogá-lo por mais cinco anos.

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