08 fev, 2023 - 04:23 • Marisa Gonçalves
Numa altura em que aumentam as tensões entre Estados Unidos e China, o Presidente norte-americano disse que o seu país pretende cooperar com a China até onde puder, desde que seja protegida a soberania norte-americana.
“Procuramos competição, não conflito. Vamos investir para fortalecer a América. Investir nas nossas alianças e trabalhar com nossos aliados para proteger as nossas tecnologias avançadas para que não sejam usadas contra nós. Estamos na melhor posição, desde há décadas, para competir com a China. Tal como deixámos claro na semana passada, se a China ameaçar nossa soberania, agiremos para proteger nosso país”, declarou durante o seu discurso do Estado da União, durante a madrugada desta quarta-feira, em Portugal Continental.
Na mesma ocasião, acrescentou que o mundo enfrenta sérios desafios e que “as democracias têm de ser tornar fortes e não mais fracas”
O presidente norte-americano fez assim uma referência indireta ao episódio relacionado com abate de um balão chinês que os Estados Unidos alegaram servir para espionagem. Episódio esse que veio adiar a vista do secretário de Estado, Antony Blinken, a Pequim.
Neste seu discurso do Estado da União, Biden disse ainda que os Estados Unidos vão manter o apoio à Ucrânia “pelo tempo que for necessário” e condenou a operação militar desencadeada pela Rússia.
“Os acontecimentos na Ucrânia têm sido um teste para a América, um teste para o mundo. É necessário impedir os agressores que ameaçam a nossa segurança e prosperidade”, disse, referindo-se ao que classificou de “invasão assassina da Ucrânia”.
"Fizemos o que a América sempre faz melhor. Nós lideramos, unimos a NATO e construímos uma coligação global. Posicionamo-nos contra a agressão de Putin", acrescentou.
Joe Biden fez o seu segundo discurso do Estado da União, quando se perspetiva uma recandidatura sua às presidenciais de 2024.