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Covid-19. Maioria dos sintomas persistentes desaparece num ano em casos leves, diz estudo

12 jan, 2023 - 00:49 • Lusa

Os resultados da investigação mostram ainda que "as pessoas vacinadas estiveram menos expostas ao risco de dificuldades respiratórias -- o efeito mais frequente observado em caso de doença ligeira - do que as pessoas não vacinadas", sublinhou ainda.

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A maioria dos sintomas associados a uma forma prolongada, mas leve, de Covid-19 tende a desaparecer durante o ano seguinte à infeção, refere um estudo científico, publicado esta quinta-feira.

"A maioria dos sintomas ou condições que se desenvolvem após uma infeção leve por Covid-19 persistem durante vários meses, mas voltam ao normal num ano", destacam os autores do estudo israelita publicado no British Medical Newspaper (BMJ).

O "Covid longo" caracteriza-se pela persistência de sintomas após a infeção, ou pelo aparecimento de novos sintomas mais de quatro semanas após uma infeção inicial.

Maytal Bivas-Benita, investigadora do Instituto Israelita de Investigação KI e coautora do estudo, destacou à agência France-Presse (AFP) que está "encorajada" pelos resultados, num contexto em que existem receios sobre a duração dos sintomas.

"A grande maioria dos pacientes ficará bem depois de um ano, e acho que isso é uma boa notícia", realçou.

Os resultados da investigação mostram ainda que "as pessoas vacinadas estiveram menos expostas ao risco de dificuldades respiratórias - o efeito mais frequente observado em caso de doença ligeira -- do que as pessoas não vacinadas", sublinhou ainda.

Apenas pequenas diferenças foram observadas no estudo entre pacientes do sexo masculino e feminino.

Em contraste, as crianças desenvolveram menos efeitos do que os adultos durante a fase inicial da Covid-19, sintomas que desapareceram na maioria no final do período, com resultados semelhantes para todas as diferentes variantes dA covid-19 testadas.

"Estes resultados sugerem que, embora o fenómeno da Covid-19 persistente seja temido e discutido desde o início da pandemia, a grande maioria dos casos de infeção leve não sofre de sintomas graves ou crónicos a longo prazo", apontam os investigadores.

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