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Guerra na Ucrânia. Rússia diz que ataque a Makiivka causou 89 mortos

04 jan, 2023 - 03:36 • Lusa

O número inicialmente estimado em 63, foi revisto pelas autoridades de Moscovo.

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O ataque ucraniano a Makiivka no domingo causou 89 mortos, segundo um novo balanço das autoridades russas, confrontadas com raras manifestações públicas de raiva e tristeza nas cerimónias memoriais para os soldados mortos.

O número de mortos russos, inicialmente estimado em 63, foi revisto após terem sido encontrados mais corpos nas ruínas de um edifício, explicou o general russo Sergei Sevryukov numa mensagem de vídeo divulgada pelo Ministério da Defesa russo.

"Atualmente, uma comissão está a investigar as circunstâncias" do ataque, disse ele. "Mas já é claro que a causa principal (...) é a ativação e utilização maciça de telemóveis ao alcance das armas inimigas, ao contrário da proibição", o que teria permitido que as tropas fossem geolocalizadas, acrescentou o general.

Este é o maior número de mortos num único ataque admitido por Moscovo desde que a ofensiva começou em fevereiro.

O Departamento de Comunicações Estratégicas das Forças Armadas Ucranianas afirmou que o ataque matou pelo menos 400 pessoas mobilizadas e feriu 300.

A operação ucraniana de domingo com o sistema de foguetes HIMARS atingiu uma base russa e provocou indignação e críticas entre a liderança militar russa, de acordo com um "think-tank" norte-americano.

O mais recente relatório do Instituto para o Estudo da Guerra cita mensagens no espaço informativo e nas redes sociais da Rússia que revelam que o ataque, na região parcialmente ocupada de Donetsk, gerou significativa discussão e controvérsia, com várias vozes a questionar a eficácia da liderança militar.

De acordo com este relatório, o Ministério da Defesa russo está a tentar desviar responsabilidades sobre a origem do ataque ucraniano, recusando culpas na segurança operacional das suas forças na região de Donetsk.

Os agentes de informação militares de Moscovo receberam relatos de que o ataque ocorreu quando soldados russos violaram a segurança operacional, ao usarem telemóveis pessoais, que permitiram às forças ucranianas realizar um ataque de precisão.

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  • Cidadao
    04 jan, 2023 Lisboa 11:52
    Putin não mandou 300 000 soldados russos para a Ucrânia. Mandou 300 000 corpos, para os soldados ucranianos treinados e calejados na guerra de defesa do seu País, fazerem cair como tordos. E até se tem ouvido que um "grupo de viúvas" de militares russos, anda a "pedir" a Putin o decretar da mobilização geral russa para acabar de vez com a Ucrânia. Parece que esse grupo tem poucos membros ainda, e quer aumentar o número de aderentes ...

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