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Pandemia de Covid-19

Marrocos vai mais longe e proíbe entrada a quem vem da China face a pico Covid

31 dez, 2022 - 21:30 • Lusa

"Para evitar as consequências de uma nova onda de infeções em Marrocos, as autoridades marroquinas decidiram proibir a entrada em território nacional de todos os viajantes procedentes da China."

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Marrocos decidiu proibir a entrada no seu território de todos os viajantes vindos da China, independentemente da nacionalidade, a partir de 03 de janeiro, devido à vaga sem precedentes de casos de Covid-19 no país asiático.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros marroquino explicou este sábado, num comunicado, que o país está a acompanhar de perto a evolução da pandemia na China nas últimas semanas e anunciou esta medida, que vai mais longe do que outros países que se limitaram a impor restrições como testes aos passageiros e tripulações vindos daquele país asiático.

"Para evitar as consequências de uma nova onda de infeções em Marrocos, as autoridades marroquinas decidiram proibir a entrada em território nacional de todos os viajantes procedentes da China, independentemente da sua nacionalidade", lê-se na nota.

A medida "não afeta de forma alguma a estreita amizade entre os dois povos e a parceria estratégica entre os dois", salvaguarda o Governo marroquino.

A situação de saúde em Marrocos está controlada, com o registo oficial hoje de 47 novos casos, o que eleva o número total de infeções desde o início da pandemia para 1.271.595 pessoas.

Alguns inquéritos realizados pelas autoridades de saúde na China indicam que até 60% da população de algumas localidades foi infetada recentemente com SARS-CoV-2, mas têm minimizado a perigosidade das variantes ativas do coronavírus.

A Organização Mundial de Saúde manifestou "preocupação" com a evolução da Covid-19 na China e pediu, após uma reunião hoje, às autoridades chinesas que informassem regularmente e em tempo real sobre a situação epidemiológica no país.

Pequim respondeu que partilha os seus dados "de forma aberta, oportuna e transparente" desde o início da pandemia.

A China vive uma vaga sem precedentes de infeções pelo coronavírus responsável pela doença respiratória Covid-19, agravada desde que pôs fim, abruptamente no início de dezembro, às fortes restrições, com confinamentos e testes aleatórios.

As estatísticas oficiais indicam mais de 7.000 novos casos hoje e apenas uma morte devido à Covid-19, mas estes dados são considerados desfasados da realidade, até face ao registo de hospitais e morgues sobrelotadas há semanas.

Países como Espanha, Itália, França, Índia, Taiwan, Coreia do Sul, Malásia, Japão ou Estados Unidos estão a impor medidas sanitárias para os viajantes que chegam da China, nomeadamente testes à chegada aos seus aeroportos.

O Governo português está a preparar medidas de controlo da Covid-19 para passageiros provenientes da China, a implementar caso sejam necessárias, anunciou sexta-feira o ministro da Saúde, recusando "alarmismos" face ao recente aumento de infeções na população chinesa.

Segundo disse esta sexta-feira o governante, o executivo está a acompanhar a evolução da Covid-19 na China, que "constitui um motivo de preocupação", mantendo um "diálogo estreito com os outros países europeus, designadamente no quadro da União Europeia e com os organismos sanitários internacionais".

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