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Guerra na Ucrânia

Bielorrússia investiga queda de míssil ucraniano após série de novos ataques russos

29 dez, 2022 - 13:16 • Reuters e Lusa

Este é o primeiro incidente deste tipo relatado por Minsk desde que a Rússia invadiu a Ucrânia no final de fevereiro.

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O Ministério da Defesa da Bielorrússia disse esta quinta-feira que os seus sistemas de defesa antiaérea abatarem um míssil ucraniano S-300 na região fronteiriça de Brest, cerca das 10h desta manhã, hora local.

Este é o primeiro incidente deste tipo relatado por Minsk desde o início da ofensiva russa na Ucrânia há mais de 10 meses. A Bielorrússia serve como base de retaguarda para as forças russas.

"O chefe de Estado [bielorrusso, Alexander Lukashenko] foi imediatamente informado do incidente", referiu a nota, acrescentando que o Ministério da Defesa e o Comité de Investigação da Bielorrússia estão a realizar uma investigação para determinar as causas do incidente.

“Duas pistas principais" estão a ser investigadas: ou o míssil se desviou da sua trajetória, caindo por engano na Bielorrússia, ou foi abatido pela defesa antiaérea bielorrussa, referiram os militares.

Antes da comunicação oficial do Ministério, a agência de notícias bielorrussa BeITA tinha noticiado a queda de um alegado míssil oriundo da Ucrânia em território bielorrusso.

O incidente teve lugar no contexto de uma série de novos ataques russos com mísseis a várias partes da Ucrânia.

Em Kiev, a administração regional disse que os sistemas de defesa aérea tinham sido ativados para impedir o ataque com mísseis em curso, mas na capital era possível ouvir várias explosões.

As autoridades ucranianas de várias regiões disseram que alguns mísseis russos foram desativados.

Este é o mais recente ataque russo contra infraestruturas vitais em toda a Ucrânia. Moscovo tem lançado ataques deste tipo semanalmente desde outubro.

Nas regiões de Dnipro (centro-leste) e Odessa (sul), entre outras, as autoridades disseram que desligaram o fornecimento de eletricidade para minimizar os danos nas instalações de infraestruturas críticas, se atacadas.

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  • Cidadao
    30 dez, 2022 Lisboa 12:17
    O Lukaschenko parece andar à procura de pretextos para intervir na guerra ao lado do Putin, mas só no aspeto de "emprestar" o País para as tropas russas atacarem. É que se tentar atacar a Ucrânia só com tropas bielorrussas, o mais provável é haver uma onda de deserções e rendições maciças que acabam com o dito exército bielorrusso.

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