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Confrontos em Paris. Manifestação pacífica acaba em violência

24 dez, 2022 - 12:44 • Redação com Reuters

Centenas de pessoas reuniram-se este sábado no centro de Paris para solicitar respostas sobre o assassinato de três curdos na capital.

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Fotos: Teresa Suarez/EPA
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A manifestação, que começou de forma pacífica, acabou com intervenção policial, depois de ter sido registado o arremesso de pedras e atos de vandalismo. A polícia respondeu com gás lacrimogéneo.

Nas ruas, vários objetos foram incendiados, caixotes do lixo e mesas de restaurantes vandalizadas e vários carros danificados.

As mortes de sexta-feira registaram-se depois de um homem ter disparado sobre um centro cultural curdo, um restaurante e um salão de cabeleireiro no centro de Paris, em França.

Depois de, sexta-feira, a multidão ter entrado em conflito com a polícia, o Conselho Democrático Curdo em França (CDK-F) convocou, através do site e canais de comunicação, uma reunião a partir do meio-dia (11h00 em Portugal) de sábado na Praça da República.

A procuradora Laure Beccuau disse, na sexta-feira, que estão a ser investigadas possíveis motivações racistas para o ataque, mas os representantes curdos defendem que o ataque deveria ser considerado como ataque terrorista.

"Sabemos que estamos sob ameaça, curdos em geral, ativistas e militantes curdos. A França deve-nos proteção", disse Berivan Firat, porta-voz da CDK-F, à BFM TV.

Em 2013, três mulheres ativistas curdas, incluindo Sakine Cansiz, uma fundadora do PKK, foram encontradas mortas a tiro num centro curdo em Paris. Os assassinatos de sexta-feira causaram particular consternação na comunidade curda que regista o 10.º aniversário dos assassinatos de três mulheres curdas em Paris.

"A comunidade curda está com medo. Já estava traumatizada com o triplo homicídio [em 2013]. Precisa de respostas, apoio e consideração", disse David Andic, um advogado representante do CDK-F, na sexta-feira.

O chefe da polícia de Paris encontrou-se este sábado com membros da comunidade curda, numa tentativa de acalmar os seus receios antes do comício na Praça da República.


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