Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

McDonald's sai da Bielorrússia. "Graças a Deus", diz Lukashenko

18 nov, 2022 - 16:20 • Pedro Valente Lima

A companhia de 'fast food' norte-americana alega dificuldades logísticas para o encerramento dos 25 restaurantes no país. O Presidente da Bielorrússia já apelou à produção nacional para aproveitar a saída da McDonald's do mercado.

A+ / A-

A McDonald's anunciou que vai abandonar o mercado bielorrusso. Em comunicado, a gigante de fast food norte-americana alega motivos ligados a dificuldades logísticas, numa altura em que a Bielorrússia se mantém firme no apoio à Rússia quanto à guerra na Ucrânia.

"Devido aos extensos problemas de abastecimento local, já não é possível à franquia licenciada pela McDonald's continuar a operar na Bielorrússia. Como consequência, a franquia vai cessar as operações em nome da McDonald's e deixará de usar o seu nome ou servir os seus menus", pode ler-se na declaração oficial.

Neste sentido, os 25 restaurantes da cadeia de fast food irão reabrir sob a marca Vkusno & tochka ("Saboroso e basta", numa possível tradução). Trata-se da mesma empresa que já opera na Rússia, depois de a McDonald's ter abandonado o país em maio, motivada pelo desenrolar da invasão à Ucrânia.

Esta decisão permitirá à Vkusno & tochka manter mais de dois mil postos de trabalho na Bielorrússia. Segundo a cadeia de restaurantes russa, a operação de rebranding ocorrerá no espaço de "poucas semanas".

Esta sexta-feira, o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, pareceu estar feliz com a saída da McDonald's: "Graças a Deus vão embora". "Eu aviso sempre: consumam e comam a vossa própria comida, não se precipitem com a comida estrangeira", realça.

Lukashenko pediu aos produtores e empresários nacionais que aproveitassem esta deixa para que "os restaurantes da McDonald's, onde trabalham os nossos profissionais, onde os nossos produtos são consumidos, estejam nas mãos de bielorrussos".

"Nós devemos ser capazes de fazer tudo o que a McDonald's faz, se calhar até melhor", sublinhou.

Contudo, ao mesmo tempo que apelava à produção nacional, o chefe de Estado bielorrusso menosprezava a qualidade da comida servida. "Não conseguem cortar um pão ao meio? E colocar um pedaço de carne, batatas e alface entre as fatias de pão? Meu Deus, quem é que come isto? Eu nem sei."

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • País Fantoche
    19 nov, 2022 Hei-de ver-te pendurado numa corda 14:43
    Enquanto aquele fantoche banhudo do Lukaschenko, que só se mantém no poder graças ao apoio das forças militares de Moscovo, lá estiver, Bielorrússia é Rússia sem "bielor" no nome. É desandar de lá, sancionar o País e mantê-lo sob estrita vigilância, dividindo os resultados dessa vigilância com a Ucrânia.

Destaques V+