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Crise climática

UE reforça meta de redução de emissões para 57% até 2030

15 nov, 2022 - 11:15 • Redação com Lusa

O anúncio foi feito numa intervenção de Frans Timmermans na 27.ª conferência da ONU sobre as Alterações Climáticas, designada por COP 27, a decorrer no Egito. Associação ambientalista Zero fala em "migalhas".

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A União Europeia (UE) comprometeu-se esta terça-feira, na conferência do clima da ONU (COP 27) a decorrer no Egito, a elevar as suas ambições climáticas e atingir a redução de emissões de gases com efeito de estufa em 57% até 2030.

A redução das emissões da UE-27 deverá atingir "pelo menos 57%" até 2030, em comparação com um objetivo anteriormente declarado de pelo menos 55%, disse o vice-presidente da Comissão Europeia Frans Timmermans, citado pela agência francesa AFP.

O anúncio foi feito numa intervenção de Frans Timmermans na 27.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, designada por COP27, a decorrer em Sharm el-Sheikh, Egito.

"Estamos firmemente no caminho para finalizar toda a legislação, a fim de implementar as nossas metas climáticas até ao final do ano", disse o político holandês, que tem o pelouro do Pacto Ecológico Europeu.

Timmermans destacou acordos recentes sobre a distribuição dos cortes de emissões de gases com efeito de estufa entre Estados-membros da UE, sobre objetivos de captura de carbono para solos e florestas e sobre o fim da utilização de veículos de combustão interna.

"Não deixe que lhe digam que a invasão russa da Ucrânia está a matar o Pacto Verde Europeu e que estamos com pressa de gás", acrescentou, referindo-se à procura de novas fontes de abastecimento para a Europa deixar de estar dependente do gás russo.

"Migalhas", diz Zero

Na reação a este anúncio, a associação ambientalista Zero classifica a nova meta como "migalhas".

"A emergência climática em que nos encontramos não merece as 'migalhas' da UE", lê-se nas redes sociais da associação.

O presidente da Zero, Francisco Ferreira, garante que o aumento de dois pontos percentuais (de 55 para 57%) no compromisso dos 27 "está longe dos necessários pelo menos 65%, que é o valor justo com que a UE se deve comprometer para limitar o aquecimento global" e "não responde aos apelos dos países mais vulneráveis".

"Se a UE, com um forte histórico de emissão de gases com efeito de estufa, não lidera a mitigação nas alterações climáticas, quem o fará?", questiona Francisco Ferreira.

A COP 27, a decorrer desde 6 de novembro, reúne decisores políticos, académicos e organizações não-governamentais para tentar travar o aquecimento do planeta, limitando o aquecimento global a 2ºC (graus celsius), e se possível a 1,5ºC, acima dos valores médios da época pré-industrial.

A conferência termina na sexta-feira.

[atualizado às 12h34]

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