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Feira do Livro de Buenos Aires. "Um banho cultural durante 20 dias entre dois países irmãos"

02 mai, 2024 - 19:06 • Maria João Costa, enviada especial a Buenos Aires

Na Argentina, em Buenos Aires, no âmbito da Feira do Livro que tem Lisboa como cidade convidada, a Fundação Calouste Gulbenkian inaugurou uma exposição que reúne um conjunto de livros de artistas. O embaixador português fala em oportunidade única.

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É na Biblioteca Nacional Argentina, durante décadas dirigida pelo escritor Jorge Luís Borges, que inaugurou esta quinta-feira a exposição “Coleção de Livros de artistas”, organizada pelo Fundação Calouste Gulbenkian.

A mostra, que acontece no âmbito da Feira do Livro de Buenos Aires e que tem este ano como convidada a cidade de Lisboa, reúne um conjunto de obras de criadores portugueses como Lourdes Castro, Julião Sarmento ou Carlos Bunga.

Comissariada por Ana Barata, este acervo que sai da Biblioteca de Arte da Gulbenkian dirigida por João Vieira, incide, nas palavras do diretor “sobre uma seleção de 40 livros e edições de artista provenientes da coleção de livros de artista e edição independente da Biblioteca de Arte”.

Segundo explicou na inauguração em que estiveram presentes escritores portugueses como Lídia Jorge ou Pedro Mexia, esta coleção é “porventura a mais relevante do nosso país”. João Vieira considerou “especialmente apropriado convocar para a grande festa dos livros que é a Feira de Buenos Aires este conjunto de obras que, na sua essência, desafiam e expandem a noção material e simbólica do livro”.

Entre os nomes expostos estão artistas como Ana Hatherly, E. M. de Melo e Castro, Isabel Baraona ou José Escada, Julião Sarmento e Pedro Calapez. Na inauguração esteve presente o secretário da Cultura do governo de Javier Milei, mas que recusou falar aos jornalistas ou discursar.

Na ocasião, falou o embaixador de Portugal na Argentina. José Frederico Ludovice considerou que a Feira do Livro de Buenos Aires é uma “oportunidade única de um banho cultural durante 20 dias, entre dois países irmãos, muito próximos e com histórias muito similares”.

Já o autarca de Lisboa, que usou o seu melhor espanhol para discursar evocou o patrono da biblioteca, Mariano Moreno que dizia que queria mais “uma liberdade perigosa do que a certeza tranquila”. Carlos Moedas explicou aos argentinos presentes que “foi isso que Portugal escolheu na Revolução dos Cravos”, o caminho da liberdade perigosa.

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