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Guerra na Ucrânia

Maduro acusa EUA e Europa de "suicídio económico" para punir a Rússia

28 set, 2022 - 09:00 • Lusa

Segundo o Presidente venezuelano, "a Europa e os EUA decretaram o suicídio económico e social das suas sociedades, das suas economias, para acabar com a Rússia".

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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou esta quarta-feira os Estados Unidos e a Europa de optarem pelo "suicídio económico" com o propósito de punir Moscovo pela invasão da Ucrânia.

"Na Europa anunciam uma recessão da economia, porque a Europa e os Estados Unidos optaram pelo suicídio económico, tentando matar a Rússia", disse o governante, durante um ato público transmitido pela televisão estatal venezuelana.

Maduro previu que "se anuncia uma grande recessão mundial", numa altura em que a Venezuela "bate o recorde mundial de crescimento económico da economia real, não petrolífera", que disse ser superior a 20% no atual trimestre.

"Há que estudar as repercussões da recessão mundial sobre a economia da América Latina e da Venezuela", frisou.

"A Europa e os Estados Unidos decretaram o suicídio económico e social das suas sociedades, das suas economias, para prejudicar, para acabar com a Rússia", disse o Presidente da Venezuela.

Maduro sublinhou que ainda que "por causa de uma obsessão russofóbica, preferem a crise energética, os apagões, a crise económica, a inflação sem controlo do que negociar a paz com a Rússia, dar 'garantias' à Rússia" para alcançar "um acordo de paz, de concórdia".

Maduro vincou que foi por isso, numa "carta à humanidade" enviada recentemente à ONU, se juntou à iniciativa lançada pelo Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, para criar um Comité Internacional para o Diálogo e a Paz, no seio do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para procurar "uma negociação de paz justa entre a Rússia e a Ucrânia e para toda a humanidade".

"Há que reativar os mecanismos da diplomacia, do diálogo, da política com um 'P' maiúsculo e não permitir que o conflito continue a escalar do militar para o económico, do económico para o social, do social para o político, do político para o militar, e um dia nos vejamos envolvidos numa grande guerra mundial de natureza nuclear", explicou.

O Presidente da Venezuela exclamou "Deus Santo! Não permita que isso aconteça! Não o permita!"

"A humanidade clama pela paz, compreensão, diálogo e diplomacia, e nós, desde a Venezuela, como guerreiros que somos, clamamos pelo diálogo, pela diplomacia e paz. É tão simples quanto isso", disse.

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  • Cidadao
    28 set, 2022 Lisboa 09:47
    Não é uma "obsessão Russófica" mas uma reação a um ato criminoso inqualificável - a invasão de um País soberano para lá instaurar um governo ao gosto do invasor e se possível, anexar o País inteiro. E a dita "negociação" caiu, quando a ideia de Putin para "negociar" era a Ucrânia ceder integralmente a todas as exigências dele e além de aceitar perder território, tornar-se um "País fofinho" pronto para uma anexação total. Agora falam as armas. E quanto às ameaças nucleares, não passam disso mesmo: conversa de "bully" . Um ataque nuclear - mesmo tático - à Ucrânia, significaria a fuga dos aliados de peso que ainda mantém - Índia e China - a entrada no território ucraniano de equipas médicas e reconstrução Ocidentais, tudo evidentemente protegido por tropas preparadas para combate, uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia e limítrofes, a deslocação de Marinhas Ocidentais para a área e a colocação das Forças Nucleares Ocidentais em estado de prontidão. A Rússia tinha mais a perder que a ganhar pois um ataque a forças NATO nessa altura estacionadas no território Ucraniano era a III Guerra. E claro, haveria uma corrida às armas nucleares: muitos países podem tê-las e não as têm porque foram "convencidos" que lhes é mais vantajoso alinharem por um bloco nuclear que os protege, que tê-las eles próprios, até porque o nuclear "não é para ser usado". A partir do momento em que o é, esses países quererão tê-lo para se defenderem. É aí que isto se torna verdadeiramente perigoso.

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