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Japão despede-se de Shinzo Abe com flores, orações e salva de 19 tiros

27 set, 2022 - 09:53 • Olímpia Mairos , com agências

Na cerimónia fúnebre participaram mais de 4. 300 pessoas e, pelo menos, 48 figuras atuais ou antigas do Governo, incluindo a vice-presidente dos EUA Kamala Harris e o primeiro-ministro indiano.

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Milhares de japoneses e personalidades estrangeiras reuniram-se esta terça-feira, em Tóquio para homenagear o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, assassinado em julho, num funeral de Estado que causou controvérsia e protestos.

Na cerimónia que decorreu no Nippon Budokan Hall, no centro de Tóquio, Shinzo Abe foi homenageado com flores, orações e uma salva de 19 tiros.

Segundo a agência Reuters, cerca de 4.300 pessoas participaram na cerimónia fúnebre, juntamente com, pelo menos, 48 figuras atuais ou antigas do Governo, incluindo a vice-presidente dos EUA Kamala Harris e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi.

“Foi ele quem cunhou o termo Indo-Pacífico livre e aberto”, disse Harris aos repórteres após o funeral, referindo-se a um conceito que se tornou a pedra angular da segurança asiática.

“Nós valorizamos esses princípios e apoiamos. Faz parte do vínculo que forma a aliança”, acrescentou.

O embaixador da Rússia no Japão, Mikhail Galuzin, também participou.

Para evitar os erros de segurança que levaram ao assassínio de Abe, com uma arma caseira por um suspeito que, segundo a polícia, acusou a Igreja da Unificação de empobrecer sua família, para a cerimónia do adeus ao ex-primeiro ministro foram destacados cerca de 20 mil polícias, as estradas próximas e até algumas escolas foram fechadas.

O funeral do Estado de Shinzo Abe, que recebeu um funeral privado dias após o seu assassinato, foi o primeiro de um ex-primeiro ministro desde 1967.

Shinzo Abe foi o governante que ocupou o cargo de primeiro-ministro mais longo do Japão, tornando-se uma das figuras mais reconhecidas do país.

Lembrado por cultivar alianças internacionais e pela sua estratégia económica apelidada de “Abenomics, renunciou ao cargo em 2020 devido a um problema de saúde crónico, mas continuou como uma importante figura pública. Quando fazia campanha pelo partido do Governo, foi assassinado por um homem armado, em 8 de julho.

O homicídio estremeceu o país, que tem baixos níveis de crimes violentos, e motivou condenações internacionais.

A decisão em organizar um funeral de Estado gerou uma crescente oposição, com cerca de 60% dos japoneses demonstrarem-se contra.

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