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Ministros europeus reúnem-se de urgência em Nova Iorque após discurso de Putin

21 set, 2022 - 21:42 • Lusa

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, advertiu que a paz mundial "está em perigo" pela "grave escalada" que implicam as últimas decisões do Kremlin.

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Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) vão efetuar esta quarta-feira uma reunião extraordinária em Nova Iorque para abordar os últimos acontecimentos em torno da guerra da Ucrânia, disse fonte diplomática à agência noticiosa Efe.

Os chefes da diplomacia dos 27 Estados-membros, que se encontram na cidade norte-americana no âmbito da Assembleia geral da ONU, já mantiveram um encontro informal na passada segunda-feira e voltarão a encontrar-se pelas 20h15 locais (01h15 de quinta-feira em Portugal continental).

A reunião vai decorrer após o Presidente russo, Vladimir Putin, ter anunciado a mobilização parcial de 300.000 reservistas e recordado a importância do arsenal nuclear do seu país como argumento face à contraofensiva ucraniana.

Em mensagem no Twitter, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, advertiu que a paz mundial "está em perigo" pela "grave escalada" que implicam as últimas decisões do Kremlin.

"O anúncio de Putin sobre os referendos falsos [nos territórios separatistas russófonos ou ocupados pelas forças militares russas], a mobilização militar parcial e a chantagem nuclear são uma grave escalada", considerou Borrell.

Vários países europeus interpretaram estes últimos anúncios como um sinal de debilidade por parte da Rússia, na sequência da contraofensiva desencadeada pelo exército ucraniano e que permitiu recuperar alguns territórios ocupados.

O chanceler alemão Olaf Scholz qualificou a convocatória de referendos em território ocupado e a mobilização de reservistas como um "ato de desespero", enquanto o Presidente francês, Emmanuel Macron, lamentou "profundamente" estas medidas e pediu a todos os países do mundo que exerçam a "máxima pressão" sobre Putin.

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  • Cidadao
    22 set, 2022 Lisboa 07:43
    Nem pensem em ceder à chantagem de Putin. Amanhã, usaria o mesmo método para reclamar os estados Bálticos. Depois para exigir o regresso dos países que faziam parte da URSS. Depois... A chantagem não tinha fim, ou alguém é ingénuo ao ponto de acreditar que uma vez traída e entregue a Ucrânia, tocariam os telefones em Washington e na UE e era o Putin a dizer que a partir de agora iria ser um "bom rapaz"? Cedam ao tipo, como cederam na anexação da Crimeia, na Invasão da Geórgia e Chéchenia, nas eliminações físicas de opositores em solo Europeu, e um belo dia a Rússia manda em tudo. Ou não haverá Mundo pois tanto ameaça que é o Ocidente a carregar no botão.
  • Cidadao
    21 set, 2022 Lisboa 21:30
    Putin está a testar a determinação do Ocidente em ajudar a Ucrânia, acenando com o último trunfo que tem: a chantagem nuclear. Todos os outros falharam. A inflação, falhou. A chantagem do gás, falhou. A retórica , falhou. Os filmes ridículos duma europa congelada no Inverno, falharam. E o exército-rolo-compressor Russo, está a falhar na Ucrânia. Resta a chantagem nuclear, mas também esta vai falhar. Até porque não haveria alternativa: se o Ocidente cedesse à chantagem nuclear Russa, acham que depois de trairem a Ucrania, tocava o telefone e era o Putin a dizer que "agora ia ser um bom rapaz"? Iria era repetir a chantagem nuclear vezes sem conta enquanto esta colasse, a ver a que mais podia deitar a mão. O Ocidente deve manter o apoio à Ucrânia, e se possivel, aumentá-lo, pois mais depressa um russo sensato estoira os miolos ao Putin, que ele consegue por o dedo em cima do botão.

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