Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

NASA volta a adiar lançamento da Artemis

03 set, 2022 - 16:45 • Redação, com Lusa

O segundo adiamento no espaço de uma semana ficou a dever-se a uma fuga de combustível.

A+ / A-

A NASA cancelou este sábado o lançamento da missão Artemis, o primeiro passo para o regresso à Lua.

O segundo adiamento no espaço de uma semana ficou a dever-se a uma fuga de combustível num tanque de hidrogénio.

A agência espacial norte-americana está a avaliar o que correu mal e excluiu a possibilidade de uma nova tentativa nos próximos dias.

Na primeira tentativa, realizada na segunda-feira, a descolagem tinha sido cancelada devido a problemas técnicos.

O voo de teste do foguetão SLS, que tem acoplada no topo a nave Orion, irá orbitar a Lua com três manequins a bordo.

O lançamento do SLS, que tem sido sucessivamente adiado ao longo dos anos, marcará o início do programa lunar Artemis, com que os Estados Unidos pretendem regressar à superfície da Lua em 2025, um ano depois do previsto, colocando no solo a primeira astronauta mulher e o primeiro astronauta negro. A última alunagem foi há cerca de 50 anos, em dezembro de 1972.

Em 2024, a NASA quer levar astronautas novamente para a órbita lunar.

O SLS, de 98 metros de altura, é o foguetão mais potente da NASA desde o Saturno V, que levou astronautas à Lua, entre 1969 e 1972, no âmbito do programa Apollo. Apenas astronautas norte-americanos, 12 ao todo, estiveram na Lua.

Tal como o Saturno V, o SLS não é reutilizável, pelo que terão de ser construídas novas unidades para novas missões.

O novo foguetão, que tem o dobro da altura do Elevador de Santa Justa, em Lisboa, transportará, na primeira missão, dez microssatélites científicos (do tamanho de uma caixa de sapatos) que, depois de largados no espaço, permitirão estudar os efeitos da radiação, um asteroide ou a superfície gelada da Lua.

Parcialmente reutilizável, a nave Orion permanecerá no espaço mais tempo que qualquer outra nave para astronautas, sem acoplar a uma estação espacial, e regressará à Terra mais rápido e mais quente. O seu escudo térmico é o maior alguma vez construído.

A Orion tem um módulo europeu (da Agência Espacial Europeia, ESA) que a levará ao seu destino e de regresso a "casa", permitindo aos astronautas de missões futuras terem luz, água, oxigénio, nitrogénio e controlo de temperatura.

Os manequins que seguem a bordo na primeira missão têm sensores para testar os efeitos da radiação, aceleração e vibração.

A nave irá voar em redor da Lua, depois de se separar do foguetão SLS, numa órbita distante durante algumas semanas antes de regressar à Terra e amarar no oceano Pacífico.

A primeira missão do programa Artemis tem a duração de mês e meio e serve para testar o desempenho e a segurança do voo do SLS e da Orion.

Com o novo programa lunar, a NASA espera "estabelecer missões sustentáveis" na Lua a partir de 2028 com o intuito de enviar posteriormente astronautas para Marte. A partida para estas missões lunares ou para Marte será feita de uma estação espacial a instalar na órbita da Lua, a Gateway.

Na mitologia grega, Artemis (Ártemis em português) era irmã gémea de Apollo (Apolo) e deusa da caça e da Lua.

[notícia atualizada às 22h55]

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Ivo Pestana
    03 set, 2022 Funchal 16:13
    Com a SpaceX, Artemis I já estaria a decorrer...mas segurança primeiro.

Destaques V+