A+ / A-

Guerra na Ucrânia

Perímetro da central nuclear de Zaporíjia novamente atingido

22 ago, 2022 - 14:56 • Lusa

A central nuclear, a maior da Europa, está atualmente sob controlo das forças russas.

A+ / A-

As autoridades ucranianas acusaram esta segunda-feira forças russas de novos bombardeamentos perto das instalações de Zaporíjia, horas depois dos últimos apelos internacionais para que o perímetro da principal central nuclear da Ucrânia não seja alvo de ataques.

O governador regional Valentyn Reznichenko disse que a cidade de Nikopol, situada na margem oposta do rio Dnieper e a cerca de 10 quilómetros a jusante da central de Zaporíjia, esteve na última madrugada por três vezes debaixo de fogo.

Segundo Reznichenko, nos ataques foram destruídas casas, um infantário, uma estação de autocarros e algumas lojas, mas não há ainda informação de qualquer pessoa ferida ou morta.

O ataque surge depois de o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, ter na semana passada apelado por uma segunda vez à prudência perto da zona da central, durante a sua visita à Ucrânia.

Da mesma forma, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden voltou a abordar no domingo o assunto com os líderes de França, Alemanha e do Reino Unido, que salientaram a necessidade de serem evitadas operações militares na região a fim de não despoletar um acidente nuclear.

Os quatro líderes mundiais pediram ainda que a agência de energia atómica da ONU fosse autorizada a visitar as instalações o mais rapidamente possível.

Central não está a cumprir normas

Também hoje, a empresa estatal Enegoatom confirmou que a central de Zaporíjia está operacional, mas não está a cumprir "as normas de segurança contra incêndios e radiações".

O "bombardeamento periódico da central pelas tropas russas com mísseis antiaéreos causou um sério risco para a operação segura da fábrica", declarou o regulador nuclear da Ucrânia em comunicado.

Existe ainda um risco de fuga de hidrogénio e de pulverização de substâncias radioativas, acrescentou a empresa ucraniana.

Atualmente, a central nuclear de Zaporíjia - a maior da Europa -, agora sob o controlo das tropas russas, continua a funcionar e produzir eletricidade para responder às necessidades do sistema elétrico ucraniano, mas representa uma das maiores preocupações da comunidade internacional no contexto da invasão russa da Ucrânia.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+